Tarsila e sua juventude e seu famoso quadro 'Abaporu' - Wikimedia Commons/Domínio público
Arte

Tarsila do Amaral ganha exposição com retrospectiva de sua carreira em Paris

A artista brasileira recebe esta semana sua primeira grande retrospectiva no Museu de Luxemburgo, em Paris; exposição conta com cerca de 150 obras

Giovanna Gomes Publicado em 07/10/2024, às 11h48 - Atualizado às 12h44

A renomada artista Tarsila do Amaral irá receber sua primeira grande retrospectiva no Museu de Luxemburgo, em Paris, quase um século após sua revelação na capital francesa. A partir de 9 de outubro, a exposição apresenta cerca de 150 obras da artista, incluindo 49 quadros, que poderão ser visitadas até 2 de fevereiro.

Tarsila do Amaral (1886-1973) é a pintora mais conhecida do Brasil, célebre por introduzir o modernismo no país e incorporar influências do indigenismo.

Segundo a curadora da exposição, Cecilia Braschi, o objetivo é "romper com o discurso simplista de que os artistas estrangeiros chegam a Paris, aprendem a modernidade e partem" e mostrar que a relação de Tarsila com a modernidade parisiense foi complexa, marcada pela troca entre a cultura brasileira e a francesa. As informações são do portal O Globo.

Chegada a Paris

Filha de fazendeiros em São Paulo, Tarsila chegou a Paris em 1920 com uma base acadêmica clássica, influenciada pelo Impressionismo. Em sua ausência, São Paulo viveu a Semana de Arte Moderna de 1922, que marcou sua geração. De volta ao Brasil, Tarsila uniu-se a artistas dessa nova fase e retornou a Paris em 1923, onde estudou com figuras como Fernand Léger e André Lhote.

Em 1926, Tarsila realizou sua primeira exposição individual em Paris, mas seu caminho estava atrelado ao Brasil, que atravessava mudanças profundas.

Em 1928, seu então parceiro, Oswald de Andrade, lançou o “Manifesto Antropofágico”, que pregava a absorção das influências estrangeiras como parte da identidade brasileira. Após a crise de 1929, Tarsila focou em temas sociais, produzindo obras como “Operários” (1933), que retrata a classe trabalhadora.

Em 1932, Tarsila retornou ao Brasil e passou um mês presa após uma viagem à União Soviética. Ela nunca mais voltou a Paris, e sua trajetória permaneceu definitivamente atrelada ao Brasil, onde consolidou seu legado até sua morte, em 1973.

França Paris arte modernismo exposição Tarsila do Amaral

Leia também

Com prêmios de até R$ 2 milhões: Caixa retoma venda de 'raspadinhas'


Donald Trump detona filme baseado em sua vida: 'Nojento'


Saiba por que a advogada dos irmãos Menendez não está em documentário


'Os Simpsons': personagem ressurge na série depois de quase 30 anos


Casal é acusado de fraude do rejuvenescimento com 'máquina do tempo'


Justiça histórica: Ex-militar é condenado por massacre de agricultores no Peru