Tailândia: Partido em queda de popularidade fala em legalizar brinquedos sexuais

O chamado "Partido Democrata" é o mais antigo partido político da Tailândia, sendo de posicionamento monárquico e conservador. Apesar de sua longa trajetória, ele teria sofrido uma derrota impactante nas últimas eleições do país, ocorridas em 2019. 

Agora, outro período de votações se aproxima, e o grupo tenta recuperar seu apelo junto ao público, com uma das mais recentes tentativas de aumentar sua popularidade tendo vindo na forma do apoio à legalização de brinquedos sexuais.

Ratchada Thanadirek, uma representante do Partido Democrata, se manifestou publicamente nesta quarta-feira, 26, em favor de que seja permitida a criação de uma indústria erótica tailandesa. 

Os brinquedos sexuais são úteis porque podem levar a uma diminuição da prostituição, do divórcio devido a uma incompatibilidade da libido sexual e de crimes relacionados ao sexo", argumentou a política, segundo repercutiu o jornal britânico The Guardian. 

De acordo com Ratchada, a proibição dessas mercadorias pela lei da nação não impede que elas sejam contrabandeadas para dentro do território, sendo então vendidas à população tailandesa sem que o governo se beneficie da coleta de impostos. 

Outro ponto levantado pela integrante do Partido Democrata é que manter esses produtos na ilegalidade coloca a segurança de seus compradores em risco, já que teriam havido casos de brinquedos eróticos que sofreram curto-circuitos.

Caso o mercado seja legalizado e devidamente regulado, por outro lado, é possível realizar um controle de qualidade dos itens comercializados, evitando ocorrências como essa. 

Situação atual 

Brinquedos sexuais são atualmente proibidos dentro da Tailândia, com sua venda sendo considerada um crime punido com sentenças de até três anos de prisão e multas que podem chegar a valores equivalentes a 8,8 mil reais. 

Apesar dessa rigidez por parte da lei, os cidadãos que moram no país podem encontrar com facilidade dildos, vibradores e outros itens semelhantes nas barracas de rua do território.