Suspeito de assassinar turistas pernambucanas em Maceió é preso

Na última quarta-feira, 20, um homem foi preso por suspeita de envolvimento na morte de duas mulheres pernambucanas dentro do quarto de hotel onde estavam hospedadas, em Maceió, capital do Alagoas. O crime ocorreu no último sábado, 16, e as vítimas foram as turistas Ewellyn Hansen, de 30 anos, e Jéssica Cassandra Pereira da Silva, de 19.

De acordo com o UOL, a prisão ocorreu depois que o homem, acompanhado por um advogado, apresentou-se à polícia como testemunha do crime, tendo presenciado o momento em que os disparos foram feitos, e alegando inocência. Além disso, também alegou que não pôde impedir o crime, não sabia a motivação, e fugiu logo em seguida.

No entanto, conforme informado pela polícia em nota, um mandado de prisão relacionado ao crime permanecia em aberto, e por isso o homem foi preso como suspeito.

Vale pontuar que, ao todo, foram três descritos como autores do crime; na segunda-feira, 18, outro suspeito apresentou-se às autoridades e confirmou presença no local do crime, mas como disse que saiu antes dos disparos e a participação não foi comprovada, ele foi liberado.

Agora, a Polícia Civil busca identificar o terceiro suspeito, provavelmente verdadeiro autor dos disparos. 

O que aconteceu

Segundo o UOL, as vítimas eram duas mulheres pernambucanas, residentes de Cabo de Santo Agostinho, na região metropolitana do Recife. Ewellyn, de 30 anos, era proprietária de uma empresa de bronzeamento artificial na cidade, além de oferecer cursos sobre o tema; Jéssica, de 19, era designer de sobrancelhas.

Elas teriam chegado ao hotel onde foram mortas, no centro da capital alagoana, por volta das 17hrs de sábado. Foi somente duas horas depois, porém, que elas foram assassinadas, ambas com tiros na cabeça. Segundo investigações da polícia, as mulheres podem ter sido atraídas até o local para uma emboscada, mas uma discussão entre as partes também não é descartada.

No quarto delas, foram encontradas várias latas de cerveja e uma certa quantidade de maconha — o que mantém em pé a hipótese de que, se não um ataque premeditado, o crime poderia ser motivado por uma dívida de drogas. Outra hipótese é de que ambas viajaram até Maceió para se relacionarem com os suspeitos, mas uma discussão mudaria os rumos daquela noite.

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Após a brutalidade, foram encontrados no quarto de hotel pegadas de sangue, projéteis, material biológico e fragmentos de impressão digital, que agora auxiliam a polícia na investigação. Além disso, os agentes já concluíram que os suspeitos chegaram ao hotel antes mesmo das vítimas, utilizando um carro com placa clonada, o mesmo em que fugiram — e depois foi encontrado abandonado nas redondezas.

"O que sabemos é que elas entraram pela manhã e uma delas já conhecia um dos suspeitos. Pouco tempo depois [de chegarem], eles efetuaram os disparos. Todo o fato criminoso ocorreu dentro do quarto e saíram calmamente do local", conta Talita Aquino, delegada da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Maceió.

A gente não descarta que elas tenham sido atraídas para o local para que fosse cometido o crime. Aparentemente foram pegas de surpresa e não tiveram chance de se defender, sem marcas de violência."