O submarino Titan - Divulgação / OceanGate Expeditions
Submarino Titan

Submarino Titan: Restos mortais das vítimas devem virar alimento para fauna marinha

“Implosão catastrófica” do submersível, que foi visitar os destroços do RMS Titanic, foi confirmada na última quinta-feira, 22

Fabio Previdelli Publicado em 24/06/2023, às 08h48

Na última quinta-feira, 22, a OceanGate confirmou a morte dos cinco passageiros do submarino Titan, que partiu no domingo, 18, em expedição aos destroços do lendário RMS Titanic — afundado em abril de 1912 e que descansa há 3.800 metros de profundidade no fundo do Oceano Atlântico.

A Guarda Costeira dos Estados Unidos relatou que o submersível passou por uma "implosão catastrófica" — o que levou ao esmagamento e à fragmentação dos corpos das cinco vítimas. Entenda!

+ Segundo especialista, ocupantes do submarino Titan não sentiram a morte

Alimentos para fauna marinha

Devido à tragédia, os corpos dos cinco tripulantes foram fragmentados em partes muitos pequenas, que dificilmente serão encontradas um dia. A implosão ocorreu em uma fração de segundos devido a altíssima pressão exercida pela água — em termos comparativos, a pressão causada pela água aquela profundidade, quase 4 quilômetros de profundidade, é equivalente a de um elefante a cada 25 centímetros quadrados do casco do submarino.

Desta forma, os corpos da tripulação foram resumidos a micropedaços em fração de segundos. "A uma profundidade dessa, a implosão age como uma 'pancada', um trauma sobre os corpos. Eles viraram destroços instantaneamente", explica o coordenador da anestesia do Hospital Sírio-Libanês (SP), Arthur Segurado, em entrevista ao G1.

Sendo assim, é provável é que os restos mortais da tripulação se tornem alimentos de peixes, tubarões e vermes marinhos — e sejam consumidos rapidamente, devido à escassez de alimentos em tal profundidade.

Longe da superfície, sem a luz necessária para a fotossíntese, os organismos enfrentam privação de alimento. O que cai ali é consumido muito rapidamente", detalha Paulo Yukio Gomes Sumida, professor do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP).

Estima-se que as partes moles dos restos mortais devam sumir em questões de semanas. Já os fragmentos dos ossos, por conta de sua composição, pode desaparecer entre um ou dois anos.

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