No pico da ômicron, paulistas que não tomaram a vacina foram mais afetados do que pessoas que completaram o esquema vacinal
Fabio Previdelli Publicado em 14/03/2022, às 09h57
No início do ano, o Brasil passou a enfrentar uma nova onda de infecções da Covid-19 em decorrência da variante Ômicron. No estado de São Paulo, por exemplo, o número de casos confirmados passou de uma média diária de dois mil testes positivos para um pico superior aos 14 mil. Enquanto o número de mortes foi de 22, em média por dia, para 272.
Porém, um levantamento único feito pelo governo do estado esclareceu alguns pontos sobre o período. Analisando dados entre 5 de dezembro de 2021 e 26 de fevereiro de 22, concluiu-se que o número de óbitos de grupos não vacinados foi 26 vezes maior em comparação com as pessoas que tiveram seu esquema vacinal completo.
A análise dos dados, feita a partir de um pedido da coluna de Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo, contabilizou 7.942 mortes divididas em 645 municípios que fazem parte do sistema Sivep-Gripe.
Deste montante, houve 2.377 óbitos em grupos que não se vacinaram, que contabilizam cerca de 716,8 mil paulistas. Ou seja, o número representa 332 mortes para cada 100 mil habitantes.
Os que tomaram apenas uma dose da vacina, à época, representavam 2,9 milhões de paulistas. Deste montante, 662 mortes foram contabilizadas, o que representa 22 perdas a cada 100 mil habitantes. O que já apresenta uma queda considerável.
Agora, somando os que completaram o esquema vacinal — ou seja, que tomaram as duas doses —, o número de mortes a cada 100 mil habitantes era de apenas 13 pessoas. Dos 38,3 milhões de paulistas (88,5% da população do estado), foram registrados 4.903 mortes.
"É mais uma evidência da importância da vacinação", declarou à Folha Eduardo Ribeiro Adriano, secretário-executivo da Secretaria de Estado da Saúde. "As pessoas podem escolher entre estar no grupo mais protegido, amplamente majoritário entre os paulistas, ou naqueles mais vulneráveis".
Mesmo com a circulação de uma variante mais transmissível, que é o caso da ômicron, os números comprovam que São Paulo fez a escolha certa em apostar na ciência e na vacinação como as principais medidas de enfrentamento da pandemia de Covid-19", completa Regiane de Paula, coordenadora do Programa Estadual de Imunização (PEI).
Com esses dados inéditos em mãos, agora, a secretaria de Saúde irá analisá-los para apontar outros fatores de risco que podem ter correlação com os óbitos, como grupos com comorbidades ou com idade mais avançada.
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