Senador teria colocado ecstasy na taça de champagne de uma deputada; caso se deu em novembro do ano passado
Giovanna Gomes Publicado em 25/09/2024, às 15h30
O senador francês Joël Guerriau enfrenta intensa pressão para renunciar ao mandato após ser acusado de drogar a deputada Sandrine Josso com o objetivo de estuprá-la. O caso veio à tona em novembro de 2023, abalando profundamente o sistema parlamentar francês.
Em uma declaração nesta quarta-feira, o presidente do Senado, Gérard Larcher, afirmou que solicitará formalmente a Guerriau que renuncie ao seu cargo. “Seu lugar não é mais no Senado”, disse Larcher, enfatizando que essa é sua posição firme sobre o caso.
Guerriau, que representa o departamento de Loire-Atlantique, nega as acusações. De acordo com o portal O Globo, ele é suspeito de ter colocado ecstasy na taça de champagne de Josso enquanto os dois bebiam no apartamento dele, em Paris. A investigação revelou vestígios da droga no sangue da vítima e resquícios de ecstasy no local.
Josso, em entrevista após o ocorrido, afirmou ter notado um gosto estranho na bebida e logo depois sentir náuseas e palpitações, o que a levou a sair correndo do apartamento.
O senador foi formalmente indiciado por "administração sem o conhecimento [da vítima] de substância capaz de alterar seu discernimento ou controle de suas ações, com a intenção de cometer estupro ou agressão sexual", além de “posse e uso de substâncias classificadas como narcóticos”. Desde então, Guerriau está afastado do Senado, mas expressou o desejo de retornar, o que gerou forte oposição de seus colegas.
Nos últimos dias, diversos parlamentares manifestaram repúdio à possível volta de Guerriau ao Senado. O bloco ambientalista enviou uma carta a Gérard Larcher, pedindo que o senador não seja tolerado na Câmara Alta, argumentando que sua presença seria um “golpe terrível” para a deputada Josso e para todas as vítimas de submissão química e agressão sexual.
Guillaume Gontard, líder do grupo, apelou para que o caso seja encaminhado à Comissão de Ética Parlamentar, com o objetivo de impor uma sanção ao senador.
A ex-ministra socialista dos Direitos da Mulher e atual senadora, Laurence Rossignol, também se posicionou contra o retorno de Guerriau, destacando que muitos parlamentares se recusarão a “se sentar com uma autoridade eleita suspeita de ter drogado uma colega”. Rossignol e outros parlamentares exigem que uma postura firme seja tomada diante das alegações graves.
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