O Sudário de Turim - Getty Images
Sudário de Turim

Rosto de Cristo é recriado por IA a partir do Sudário de Turim

Após estudo confirmar que o sudário data da época de Cristo, pesquisadores utilizaram IA para criar imagens do rosto no tecido; confira!

Giovanna Gomes Publicado em 23/08/2024, às 09h53

Pesquisadores do Istituto di Cristallografia, na Itália, realizaram uma nova análise de raios-x que indica que o Sudário de Turim, reverenciado por cristãos como possível pano funerário de Jesus Cristo, pode realmente datar da época em que ele viveu. Publicado na revista Heritage, o estudo sugere que o sudário tenha cerca de 2 mil anos, colocando-o no período de Cristo.

Durante séculos, muitos fiéis acreditaram que o Sudário de Turim revelava o rosto de Jesus. Embora uma análise dos anos 1980 tenha indicado que o tecido era uma falsificação medieval, a nova pesquisa contesta essa conclusão. A descoberta levou ao uso de inteligência artificial para recriar a imagem que se acredita representar o rosto de Cristo.

De acordo com informações do portal O Globo, o estudo foi realizado em uma amostra do sudário, atualmente preservado na Catedral de São João Batista, em Turim. No entanto, os pesquisadores alertam que suas conclusões dependem de o sudário ter sido mantido em condições específicas por 13 séculos, antes de aparecer nos registros históricos em 1354.

Liderado pelo professor Liberato de Caro, o estudo aponta semelhanças entre o Sudário de Turim e um tecido de Masada, Israel, datado entre 55 e 74 d.C. De Caro também identificou partículas de pólen do Oriente Médio nas fibras do sudário, desafiando a ideia de que o tecido fosse europeu.

Uso de IA

Com base nessas novas informações, tecnologias avançadas de IA, como as da plataforma Midjourney, foram usadas para criar imagens do rosto no sudário, que remetem às representações tradicionais de Jesus, com cabelo longo e barba.

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Representações de rosto de Cristo a partir de IA / Crédito: Divulgação

Apesar do debate secular sobre a autenticidade do Sudário de Turim, a Igreja Católica não se pronuncia oficialmente sobre sua veracidade. No entanto, vários papas, incluindo o papa Francisco, já o trataram como uma relíquia sagrada. Francisco, inclusive, fez uma peregrinação a Turim em 2015 para rezar diante do sudário.

 

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