Homens temidos como vampiros eram mortos em rituais - Getty Images
Antiguidade

Esqueletos misteriosos indicam que dois homens foram mortos como vampiros

Os restos de um jovem guerreiro e de um idoso enterrado em sua carroça foram encontrados em um cemitério em Yorkshire, na Inglaterra

Letícia Yazbek Publicado em 10/12/2018, às 14h28 - Atualizado às 15h30

Escavações realizadas em um antigo cemitério localizado perto da cidade de Pocklington, em Yorkshire, Inglaterra, desenterraram dois esqueletos misteriosos, datados do século 3 a.C.. Os especialistas acreditam que a morte dessas pessoas pode estar relacionada a rituais de assassinatos de vampiros.

Um dos esqueletos, enterrado com uma lança, pertenceu a um guerreiro de 17 a 25 anos. O exame dos restos mortais revelou que o corpo do indivíduo foi atacado diversas vezes após sua morte. Seu corpo foi perfurado por nove lanças, e ele recebeu um violento golpe na testa.

Esqueleto de jovem guerreiro foi encontrado junto a uma lança David Keys

Não se sabe, no entanto, por que o cadáver foi atacado desta maneira. Uma das teorias é de que o homem fosse temido como vampiro e, na intenção de “neutralizá-lo”, foi atacado com objetos pontiagudos. Outra possibilidade é a de que o guerreiro foi colocado no chão vivo e depois assassinado ritualmente – o golpe deliberado na testa é considerado coerente com essa explicação.

O segundo esqueleto misterioso, encontrado a 55 metros do primeiro, pertenceu a um homem de 60 a 70 anos. Ele foi enterrado em sua carroça junto com os dois pôneis que costumavam puxá-la.

Homem foi enterrado em uma carroça, ao lado de dois pôneis Henry Hayhurst-France/David Wilson Homes

Os arqueólogos acreditam que os pôneis foram colocados no túmulo vivos, ao lado da carruagem e do morto. Depois, a sepultura foi preenchida com terra. Quando os animais não conseguiam mais se mover, foram mortos e decapitados.

O mistério em torno do elaborado enterro indica que provavelmente o homem também foi morto em algum tipo de ritual. Segundo a arqueóloga Melanie Giles, da Universidade de Manchester, “é concebível que a família do homem morto e sua comunidade acreditassem que a carroça o ajudaria a chegar ao outro mundo ou seria útil para ele quando ele chegasse lá”.

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