Suzane von Richthofen em entrevista - Divulgação / vídeo / Record TV
Caso Von Richthofen

Relembre a entrevista de Suzane Von Richthofen para Gugu

Em 2015, a assassina concedeu sua primeira entrevista televisiva em mais de uma década

Redação Publicado em 05/10/2023, às 16h36

O filme "A Menina Que Matou os Pais - A Confissão", terceiro longa-metragem a ser produzido a respeito do Caso Von Richthofen, será disponibilizado ao público no próximo dia 27 de outubro.

Ele poderá ser assistido através do Prime Vídeo, que é a plataforma de streaming da Amazon e também o local onde foram lançados os últimos dois filmes da trilogia. Os anteriores, vale lembrar, foram intitulados como "A Menina Que Matou os Pais" — que foi baseado nos depoimentos de Daniel Cravinhos durante o julgamento —, e "O Menino Que Matou os Meus Pais", — este baseado na versão de Suzane a respeito dos eventos que levaram ao homicídio.

Com a aproximação do aguardado lançamento, que traz novamente a atriz Carla Diaz no papel da criminosa brasileira e Leonardo Bittencourt interpretando seu namorado, relembre uma das mais conhecidas conversas da assassina com a imprensa. 

Imagem de Carla Dias como Suzane Von Richthofen e Leonardo Bittencourt como Daniel Cravinhos / Crédito: Divulgação/Amazon Prime Video

 

Entrevista 

Era fevereiro de 2015 quando o apresentador Gugu Liberato realizou uma entrevista exclusiva Suzane von Richthofen, criminosa que, juntamente dos irmãos Cravinhos (Daniel e Christian), foi responsável pelo assassinato de seus pais em outubro de 2002. 

Na época, a condenada possuía 31 anos, com aquela sendo sua primeira participação em um programa televisivo em treze anos, de acordo com informações divulgadas em uma matéria do UOL da época. 

A anterior, aliás, que foi concedida ao Fantástico, na época havia ajudado a desmascará-la. Isso pois os microfones, que já estavam ligados, acabaram capturando um momento curioso logo antes da entrevista: seu advogado, Denivaldo Barni, a orientando para que chorasse a fim de soar mais convincente a respeito de sua inocência em frente às câmeras. 

Dessa vez, por outro lado, a situação foi bem diferente. Suzane falou abertamente sobre ter planejado o assassinato dos seus pais e sobre sua vida na prisão. Àquela altura, já havia cumprido mais de uma década da sentença de 39 anos que recebeu pelo crime. 

Na ocasião, ela disse a Gugu que não era "a mandante" do duplo homicídio, defendendo que, na verdade, o planejamento foi um processo colaborativo, envolvendo principalmente ela e o namorado, Daniel Cravinhos

Muita gente me pergunta se a ideia [do crime] foi minha. Todos dizem que eu sou a mentora, a cabeça de tudo. Não é verdade, Gugu. Uma cabeça só não pensa em tudo. É uma junção de tudo, concorrência de ideias. Eu fiz parte, mas os três bolaram aquilo. Eu acho que o Cristian sabia menos da situação, mas, infelizmente, tanto o Daniel quanto eu temos culpa nessa parte", afirmou a criminosa. 
Christian Cravinhos, Daniel Cravinhos e Suzane von Richthofen / Crédito: Divulgação/ Vídeo/ Globo News

 

Suzane von Richthofen também usou a oportunidade para se abrir a respeito de seu irmão mais novo, Andreas, que acabou sendo o mais afetado pela tragédia: de um momento para o outro, seus pais foram mortos e sua irmã, presa. 

Eu sei que meu irmão sofreu muito, mas como ele passou estes anos, eu não sei. Se eu sofri aqui dentro [no presídio de Tremembé, onde está há sete anos], imagino ele lá fora. Quando ele diz o sobrenome, qualquer um reconhece, e ele terá que carregar isto pra sempre", afirmou a condenada. 

Já uma pessoa inesperada a ser mencionada na entrevista foi Marísia, mãe de Suzane. A presa falou de como a figura materna era carinhosa e fácil de conversar. A criminosa ainda especulou que, caso Marísia não tivesse sido assassinada, seria o tipo de mãe que viria visitá-la na penitenciária onde cumpria pena. 

"Eu tenho certeza que ela me visitaria aqui, como tantas outras mães fazem aos domingos", conjecturou, ainda segundo repercutido pelo UOL. 

Outras informações reveladas por Suzane na conversa com Gugu diziam respeito à sua vida atrás das grades: ela havia se casado com outra presa, apelidada de "Sandrão" (seu matrimônio durou entre 2014 e 2016), e possuía um emprego na prisão, trabalhando com costura, o que lhe rendia um pagamento mensal de 700 reais.

Na ocasião, von Richthofen ainda falou sobre seus planos para abrir uma empresa de tecelagem após recuperar sua liberdade — o que de fato fez. 

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