De tubarão com 'asas' a família de aranhas em âmbar, muitas foram as descobertas paleontológicas ao longo do ano
Redação Publicado em 02/01/2022, às 09h00
O ano de 2021 foi repleto de grandes descobertas paleontológicas, as quais não se restringiram a fósseis de dinossauros. Foi um ano em que a ciência encontrou importantes elementos de diversos grupos de animais que poderão ajudar-nos a compreender um pouco mais sobre a história da vida na Terra.
A seguir relembre dez das mais notáveis descobertas dos últimos doze meses:
No mês de junho, um grupo de cientistas encontrou uma formiga de 50 milhões de anos em âmbar. No material, foi constatada a presença de uma espécie extinta de fungo parasita nunca nantes documetada, a qual crescia do reto do desafortunado inseto. O Allocordyceps baltica, como foi chamado o fungo, acabou por causar a morte do animal.
Em abril, um estudo apresentou o fóssil de uma criatura muito semelhante a uma lula que teria vivido no período jurássico, há cerca de 180 milhões de anos. O mais impressionante nesse caso foi que o animal foi encontrado com sua presa, um pequeno crustáceo, ainda dentro de sua boca.
Marcas de mordida na lateral do belemnite, como são chamados esses antigos moluscos, sugerem que ele teria sido caçado por um tubarão no momento em que se preparava para sua refeição. Ao que tudo indica, conforme informações do portal Live Science, o belemnite e o crustáceo afundaram no mar e acabaram sendo fossilizados juntos.
Em julho, foi a vez de um caso raríssimo: um cérebro fossilizado de uma espécie extinta de caranguejo-ferradura, que, apesar do nome, tratava-se de um aracnídeo. A descoberta se deu em Mazon Creek, no estado norte-americano de Illinois.
Os cientistas acreditam que o fóssil data de 310 milhões de anos atrás, sendo assim um dos mais antigos de seu tipo já encontrados.
Pesquisadores relataram, no mês de abril, a descoberta de microfósseis em formato de esfera, conhecidos como Bicellum brasieri. Essas "bolas" fósseis teriam cerca de um bilhão de anos e seriam aglomerados de células fossilizadas, o que pode auxiliar a ciência a entender o surgimento da vida multicelular.
Outro importante achado foi a de uma espécie extinta de peixes que teria o tamanho de um tubarão branco. O animal foi identificado a partir de um pulmão fossilizado, datado de 66 milhões de anos atrás. A descoberta se deu no Marrocos, conforme o Live Science.
No mês de junho, os pesquisadores revelaram a descoberta dos restos mortais de um rinoceronte gigante sem chifres que teria vivido há 26,5 milhões de anos na China. O animal, que recebeu o nome de Paraceratherium linxiaense, tinha 8 metros de comprimento e 5 de altura, além de que poderia pesar até 24 toneladas.
Outra descoberta impressionante foi a de uma nova espécie de caranguejo, que se deu a partir de um fóssil em âmbar datado do período Cretáceo. Conforme afirmam os pesquisadores, trata-se de um primeiros exemplares de um caranguejo ocupando um habitat de água doce. Desta forma, a descoberta pode auxiliar os cientistas a entenderem como esses animais foram capazes de se adaptar a diferentes ambientes.
Um estudo publicado em setembro revelou a descoberta de um âmbar contendo aranhas da extinta família Lagonomegopidae. No material estavam uma fêmea adulta e seus 84 filhotes, além do fio de seda que a mãe utilizava para embrulhar seus ovos, bem como os restos de um possível ninho.
Em março, foi encontrada uma nova espécie de cefalópode em forma de pílula. Datados do período Cambriano, com cerca de 522 milhões de anos, os fósseis seriam os mais antigos de seu tipo já descobertos. Muito pequenos, eles medem apenas meia polegada (o equivalente a 1,4 centímetros) de altura e 0,1 polegada (0,3 cm) de largura.
A descoberta, conforme aponta a líder da pesquisa Anne Hildenbrand, geocientista do Instituto de Ciências da Terra da Universidade de Heidelberg, sugere que "os cefalópodes surgiram bem no início da evolução dos organismos multicelulares durante a explosão cambriana".
Por fim, no mês de março, um novo estudo revelou uma curiosa espécie de tubarão que viveu nos mares do México há certa de 93 milhões de anos. O animal chama atenção uma vez que aparenta ter asas, além de que possui uma grande boca.
Os cientistas chamaram a estranha espécie, que mais parece a mistura dos tubarões de hoje em dia com raias mobula, de Aquilolamna milarcae. De acordo com os especialistas, todavia, o animal teria vivido mais de 30 milhões de anos antes do surgimento das raias.
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