Mercenários do Grupo Wagner, que lutam ao lado da Rússia na Guerra da Ucrânia, tomaram duas cidades russas nas últimas horas; entenda!
Fabio Previdelli Publicado em 24/06/2023, às 09h28
Neste sábado, 24, o presidente russo Vladimir Putin classificou, em pronunciamento, como "facada nas costas" a rebelião anunciada por mercenários do Grupo Wagner — uma organização paramilitar ligada ao governo russo que surgiu em 2014; formada por ex-soldados de elite altamente qualificados — que luta ao lado da Rússia na Guerra da Ucrânia.
O discurso de Putin aconteceu horas depois do líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, ter confirmado a tomada de controle de duas cidades russas: Rostov-on-Don e Voronezh (que fica a cerca de 500 quilômetros da capital Moscou). O grupo ainda quer depor o comando militar da Rússia.
Putin prometeu punir quem trair as Forças Armadas do país e afirmou que as respostas à rebelião serão duras. "É um golpe para a Rússia, para o nosso povo. E nossas ações para defender a Pátria contra tal ameaça serão duras".
Todos aqueles que deliberadamente pisaram no caminho da traição, que prepararam uma insurreição armada, que seguiram o caminho da chantagem e métodos terroristas, sofrerão punição inevitável, responderão tanto à lei quanto ao nosso povo", prosseguiu.
Por fim, Vladimir Putin reconheceu que a situação em Rostov-on-Don é complicada, mas garantiu que o governo fará de tudo para estabilizar o problema, reiterando que será preciso "unir forças" e deixar as diferenças de lado.
Em resposta, Prigozhin afirmou que Putin está errado ao acusá-lo de traição. Segundo a Reuters, a campanha do Grupo Wagner para destituir o ministro de Defesa da Rússia acontece, pois os mercenários acusam o próprio Ministério de atacar acampamentos da organização. O órgão, em contrapartida, alega que as acusações "não correspondem à realidade e são uma provocação informativa".
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