A estudante Miriam Rothenberg próxima de um marcador para registrar os detalhes do falecido - Divulgação/Universidade Brown
Estados Unidos

Projeto pretende reviver histórias de pessoas enterradas em um dos cemitérios mais antigos dos EUA

De acordo com os pesquisadores, o projeto tem como objetivo reconhecer a herança de africanos e afro-americanos em Rhode Island

Nicoli Raveli Publicado em 31/03/2020, às 08h00

Estudantes de arqueologia da Universidade Brown estão trabalhando em uma missão que tem como objetivo preservar e reviver histórias de pessoas livres e escravos que foram enterrados em um dos cemitérios mais antigo de Newport, em Rhode Island, nos Estados Unidos.

O local foi o descanso final de diversos africanos e afro-americanos entre 1720 e 1990. Os estudantes Alex Marko, Dan Plekhov e Miriam Rothenberg descobriram uma forma de registrar as informações de mais de 600 corpos que foram enterrados no território. Dessa maneira, eles estão utilizando fotografia dimensional e imagens aéreas de drones para criar um mapa interativo.

“Estamos criando um recurso que permitirá que qualquer pessoa procure e localize pessoas que morreram em um ano específico ou que vieram de uma família específica. A cidade já planeja usar esse recurso em seus esforços de conservação. A cidade já tem passeios a pé aqui; agora eles podem adicionar novas informações e distribuir mapas”, afirmou Marko.

Estudantes no cemitério pequeno acre de Deus, em Rhode Island / Crédito: Divulgação/Universidade Brown

 

De acordo com os pesquisadores, grande parte da riqueza, capital e influência desse estado foram construídos através do comércio de escravos, mas essa não é a história que tende a ser enfatizada.

“Muitas das pessoas que estão enterradas aqui não foram marcadas no registro histórico. Não temos imagens deles ou palavras escritas em suas próprias mãos. É isso que nós temos", afirmou o time de pesquisadores em comunicado. "Preservar as informações neste cemitério é um passo importante para reconhecer e celebrar a herança de africanos e afro-americanos em Rhode Island”.

O projeto será disponibilizado ao público para  permitir que todos possam procurar as informações de alguma pessoa que foi enterrada no local ou até mesmo sobre familiares perdidos.

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