Presidente Lula participou, nesta quinta-feira, 12, da celebração do retorno do manto ao Brasil; peça passou mais de três séculos na Europa
Giovanna Gomes Publicado em 13/09/2024, às 10h00
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta quinta-feira, 12, da celebração do retorno do manto tupinambá ao Brasil após mais de trezentos anos na Dinamarca. Durante a cerimônia, Lula mencionou a possibilidade da peça voltar para a Bahia, atendendo a um pedido dos indígenas.
“Eu penso que o momento de hoje é sumamente extraordinário para que a gente reflita sobre o que acontece no nosso Brasil desde a descoberta desse país, em 1500, com os indígenas”, disse Lula, de acordo com o Correio Braziliense. “O retorno desse ancião para o Brasil representa a retomada de uma história que foi apagada, uma história que precisa ser contada e preservada”, prosseguiu.
O artefato indígena se encontra no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, desde julho do ano passado, mas a visitação pública só será possível a partir de 2026, quando o museu reabrir.
Antes da cerimônia, o presidente, acompanhado da primeira-dama, Janja Lula da Silva, e da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, visitou o manto, que está guardado na biblioteca do museu. "Para nós, é uma obra artística de rara beleza, mas para os tupinambás, é uma entidade", disse Lula.
O presidente também destacou que, embora o manto esteja no Museu Nacional, acredita que seu destino final não é ali.
“Ele está no Museu Nacional, mas eu espero que todos compreendam que o lugar dele não é aqui. Tenho certeza que vamos ter a compreensão do nosso governador da Bahia, que me disse que é tupinambá também. Ele tem a obrigação e o compromisso histórico de construir na Bahia um lugar que possa receber esse manto e preservá-lo para não venha a estragar”, declarou Lula.
Os tupinambás já haviam manifestado, em 9 de setembro, o desejo de que o manto volte à Bahia, sua terra de origem. No entanto, é necessário um local com a infraestrutura adequada para preservar o artefato, que tem cerca de 400 anos.
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