Segundo pesquisadores em História ambiental, não é possível afirmar que a doença destruiu o Império Romano
André Nogueira Publicado em 09/12/2019, às 08h00 - Atualizado às 08h29
Segundo novo estudo, as alegações da destrutividade da peste justiniana no século sexto não foi tão agravante. Para o historiador ambiental Lee Mordechai, escrevendo para os Anais da Academia Nacional de Ciências dos EUA, a praga teve um "impacto moderado", não matando tanto ou alterando a realidade política e econômica do já decadente Império Romano.
"O uso da terra e o cultivo de cereais permaneceram praticamente inalterados durante o século VI em várias regiões do leste do Mediterrâneo, muitas vezes consideradas como destruídas pela peste", afirma o pesquisador. Também não foi identificado um aumento dos sepultamentos na época.
“O apoio à alegação de que a praga justiniana era um divisor de águas no mundo antigo simplesmente não existe", reitera Merle Eisenberg, da Universidade de Maryland e coautora da descoberta.
Tal conclusão foi possível por conta de um conhecimento mais aprofundado sobre o vírus da peste, geneticamente mais diferenciado do que se supunha antigamente. Com essa informação, é possível ter uma leitura mais precisa dos efeitos de sua ação biológica e disseminação.
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