Após 40 anos em tentativa de preservação, exemplares da planta Cotoneaster cambricus, uma das mais raras do mundo, finalmente voltam à natureza no País de Gales
Éric Moreira Publicado em 29/03/2024, às 10h42
Na última quarta-feira, 27, uma equipe de especialistas conseguiu finalmente reintroduzir no País de Gales 30 exemplares da planta Cotoneaster cambricus. Considerada uma das plantas mais raras do mundo, à beira da extinção, seu número de exemplares subiu de apenas seis para 110 na natureza.
Segundo a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), a C. cambricus é classificada como "criticamente ameaçada". Isso porque seus arbustos já não se regeneravam suficientemente naturalmente, sendo comidos por animais de pasto da região.
Os responsáveis pela reintrodução da planta na natureza são o Zoológico de Chester, principalmente, mas em parceria com outras instituições. Foram dedicados 10 anos de trabalho pela preservação da espécie, mas de modo geral, esforços já são feitos há mais de 40 anos, começando com botânico Morris Morris na década de 1980.
Em comunicado no Facebook, o zoológico pontua que a espécie "não é encontrada em nenhum outro lugar do planeta, além de encostas de penhascos expostos no Norte do País de Gales — onde em um determinado momento havia apenas seis exemplares remanescentes."
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Agora, a equipe de especialistas responsável pela reintrodução afirma estar "orgulhosa de ter dado a este tesouro galês à beira da extinção o impulso necessário para prosperar no futuro." Além disso, também são avaliadas medidas para protegê-la de animais herbívoros criados na região.
Nossa equipe cultivou essas plantas a partir de mudas e vê-las, vários anos depois, finalmente retornarem à natureza e dar esperança a esta espécie é uma sensação notável", acrescenta o gerente da equipe do berçário do zoológico, Richard Hewitt, em comunicado.
Segundo a Revista Galileu, após os primeiros esforços para salvar a planta, de Morris Morris, a intervenção foi continuada pelo voluntário local Tom Parry com a especialista Wendy McCarthy, da Sociedade Botânica da Grã-Bretanha e Irlanda. Pelo Zoológico de Chester, a plantação de 30 mudas foi realizada recentemente, em uma área ainda não revelada, para garantir a segurança da espécie.
É descrito também que a C. cambricus era mais comum na região por volta do século 18, mas sua quantidade caiu muito devido principalmente à coleta excessiva, por conta de sua beleza, além dos animais de pastoreio que se alimentavam dela. Agora, o número de exemplares remanescentes da planta subiu de apenas seis para 110, em Gales.
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