O monumento histórico é considerado por alguns como supremacista, por ter sido construído sob terras indígenas
Vanessa Centamori Publicado em 25/06/2020, às 13h00
Segundo apurou a Agência Associated Press (AP), e repercutiu a Fox News americana, os planos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para visitar o Monte Rushmore, na Dakota do Sul, estão sendo criticados, sobretudo pela comunidade de nativos americanos.
A escultura gigantesca homenageia quatro homens brancos, que estão ligados à privilégios históricos e já assumiram a presidência dos EUA: George Washington, o primeiro presidente do país; Thomas Jefferson, autor da declaração da independência; Theodore Roosevelt, já criticado por ideologias racistas e Abraham Lincoln, que teve papel na guerra civil americana.
A intenção de Trump é visitar o monumento das estátuas confederadas no dia em que é celebrada a Independência dos EUA, 4 de julho. O problema é que as esculturas representam a profanação de terras e a violência na qual foi submetida as comunidades nativas do país, segundo apontam ativistas.
Protestos em represália à visita estão marcados para 3 de julho, um dia antes do compromisso marcado na agenda do presidente. "O Monte Rushmore é um símbolo da supremacia branca, do racismo estrutural que ainda hoje está vivo na sociedade", apontou Nick Tilsen, membro da tribo Oglala Lakota e presidente do coletivo NDN, que luta à favor das comunidades indígenas.
"É uma injustiça roubar ativamente a terra dos povos indígenas e esculpir os rostos brancos dos conquistadores que cometeram genocídio", complementou o ativista. O monumento foi idealizado e construído na década de 1920 por um artista racista, chamado Gutzon Borglum. Ele, que fazia parte da Klu Klux Klan, acreditava que a arte deveria ser exclusivamente americana.
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