Para os envolvidos no estudo, os artefatos são “especialmente raros e valiosos”
Isabela Barreiros Publicado em 17/06/2020, às 08h00
Uma parceria realizada pela Universidade Federal de Kazan, o Instituto Conjunto de Pesquisa Nuclear e Instituto de Arqueologia Khalikov está se relevando cada vez mais importante para a história do antigo estado da Bulgária do Volga, que existiu onde hoje é a Rússia entre os séculos 7 e 13.
Os pesquisadores estão estudando antigas moedas que foram encontrados na região russa banhada pelos rios Volga e Kama. Ao analisar as propriedades físicas desses artefatos, eles poderão saber mais informações sobre a história do local. Com a composição química, por exemplo, é possível saber em que depósitos de minério de prata elas foram produzidas.
"Determinamos a composição química das moedas, bem como sua estrutura interna: a presença de revestimentos, camadas e outras heterogeneidades de composição", explicou o especialista envolvido no estudo e o co-autor do artigo, Bulat Bakirov. Eles usaram “métodos de difração de neutrons e tomografia de nêutrons” para “estudar artefatos arqueológicos especialmente raros e valiosos”.
Nessa pesquisa em específico, os pesquisadores analisaram duas moedas que contém dados históricos valiosos: um multidirham Samanid do século 10 e um dirham Bulat-Timur do século 14. Concluiu-se que ambas consistem em ligas de cobre-prata, porém a primeira possui um alto teor de cobre. Essa diferença sugere que o minério inicial utilizado possuía algumas peculiaridades muito diferentes, além de incitar uma cunhagem específica.
Os especialistas pretendem continuar com a pesquisa para entender o estado medieval que teve uma economia desenvolvida, com relações comerciais importantes. Além disso, eles poderão compreender o conhecimento de metalurgia dessas pessoas.
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