A estátua foi encontrada nas ruínas de um teatro romano, próximo à costa noroeste da Turquia
Redação Publicado em 05/10/2023, às 15h46 - Atualizado em 06/10/2023, às 19h43
A recente descoberta de uma cabeça de estátua de mármore de Alexandre, o Grande, na Turquia, evidencia a duradoura popularidade do antigo líder, mesmo centenas de anos após sua morte, afirmam especialistas.
A estátua foi achada nas ruínas de um teatro romano em Konuralp, próximo à costa noroeste da Turquia, datando do século II. Alexandre, o Grande, faleceu em 323 a.C., o que significa que a estátua pode ter sido esculpida mais de quatro séculos após sua morte.
Além da cabeça do Líder, outros fragmentos de estátuas de mármore, incluindo representações do deus grego Apolo e da figura mitológica Medusa, foram descobertos nas ruínas do teatro.
Alexandre continuou sendo uma figura popular no mundo antigo muito tempo após sua morte prematura aos 32 anos, como explicou ao WordsSideKick o historiador Paul Cartledge, professor da Universidade de Cambridge e autor do livro "Alexandre, o Grande: a caça a um novo passado"(Overlook Press, 2004).
Uma razão para a popularidade duradoura de Alexandre foi que seus sucessores o tiveram como um governante ideal que valia a pena ser imitado. "Os candidatos ao seu trono e, portanto, ao seu império, usaram o seu nome e disseram 'ele era fantástico'", disse Cartledge, que não fazia parte dos pesquisadores envolvidos na descoberta, segundo o portal Live Science.
Muitos candidatos ao trono e império usavam sua imagem e reputação para legitimar seus reinados, inclusive em moedas que continham sua efígie. A análise da cabeça de mármore confirmou que ela representa Alexandre, sendo notáveis detalhes como seus olhos profundos olhando para cima e a boca ligeiramente entreaberta.
[Ele] é retratado com olhos profundos e voltados para cima… e uma boca ligeiramente aberta que mal revela os dentes”, disseram funcionários do município de Düzce no comunicado, que ainda enfatizaram o penteado característico da estátua. “Os dois tufos de cabelo no meio da testa, separados nas costas e nas laterais, são como a juba de um leão. Esta representação é um penteado exclusivo de Alexandre, o Grande."
No auge de seu império, Alexandre governou vastas terras, que se estendiam da Grécia e Egito até a região da Báctria, no que é hoje o Afeganistão, e até o Punjab, que hoje pertence ao Paquistão. Sua morte ocorreu na Babilônia, alguns anos após o término de suas conquistas, sendo a causa da morte motivo de debate, variando de doença a envenenamento, segundo Cartledge.
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