Os manifestantes não aceitam a indicação de um político ligado ao Irã à presidência do Iraque
Isabelly de Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 27/07/2022, às 18h08
Nesta quarta-feira, 27, o parlamento de Bagdá foi invadido por manifestantes para protestar contra a escolha de um candidato a primeiro-ministro por partidos apoiados pelo Irã. Não se sabe a quantidade exata de manifestantes, mas o número não foi baixo.
Muitos dos manifestantes eram seguidores de Muqtada al-Sadr, um líder religioso importante do país. A nomeação de Nouri al-Maliki, que já foi líder do país não foi aceita por eles. Os manifestantes começaram com o protesto em uma praça, e só depois partiram para a Zona Verde de Bagdá, uma área mais protegida da cidade.
O Parlamento foi o último lugar em que entraram. A bagunça feita lá foi grande, os manifestantes subiram nas mesas, outros gritavam e muitos estavam com bandeiras iraquianas. Durante a invasão, nenhum parlamentar estava presente.
Ainda nesta quarta-feira, 27, um pouco mais cedo, os parlamentares fracassaram em uma tentativa de fechar um acordo para a formação de um governo. Por conta disso, o país vive sem um chefe de Estado e um gabinete de ministros há nove meses, de acordo com informações do G1.
As disputas entre os grupos curdos e xiitas são fatores que impedem a formação de um governo. O impasse político mais longo no Iraque foi em 2010, em que passaram 289 dias até que um líder fosse escolhido, na época, Nouri al-Maliki foi o escolhido – o mesmo que hoje os manifestantes repudiam.
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