Paraíba registra primeiro peixe-boi-marinho filhote de uma fêmea reintroduzida

Nesta quinta-feira, 12, o Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho emitiu um comunicado informando o nascimento do primeiro filhote de peixe-boi-marinho proveniente de uma fêmea reintroduzida na natureza. O caso ocorreu na Paraíba, um dos únicos locais em que é possível ver a espécie em habitat natural. 

Conforme nota divulgada, o Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho, realizado pela Fundação Mamíferos Aquáticos em parceria com a Petrobras Socioambiental, informou que a fêmea reintroduzida, chamada carinhosamente de “Mel”, foi vista em comportamento de acasalamento entre novembro e dezembro de 2021. 

Porém, apenas em 24 de dezembro de 2022, os pesquisadores avistaram Mel e seu filhote na praia do Poço, litoral da Paraíba. Eles ainda afirmaram que não é possível saber o sexo do novo animal, uma vez que a equipe faz o monitoramento não invasivo e não interfere em seu espaço. 

Segundo informações do portal G1, o peixe-boi-marinho é uma das espécies de mamíferos aquáticos que está mais ameaçada de extinção no Brasil sendo, portanto, sua estimativa populacional considerada baixa pelos cientistas.

Peixe-Boi-Marinho

O período reprodutivo da espécie ocorre na primavera e no verão, geralmente entre setembro e março, e as fêmeas costumam passar um período em águas mais rasas para concluírem a gestação, que dura, em média, onze meses.

No caso de Mel, ela foi encontrada encalhada em uma praia de Ponta Grossa, no Ceará, e passou a receber os cuidados do Centro Mamíferos Aquáticos/ICMBio, em Pernambuco. Posteriormente, a fêmea de peixe-boi-marinho foi transferida para um centro de readaptação e foi novamente solta na natureza.

Cuidados 

Os pesquisadores do Projeto Viva reforçam os cuidados que a população deve ter ao avistar o peixe-boi-marinho, principalmente em épocas em que a região recebe um grande número de turistas.

Entre as recomendações listadas no comunicado, estão; admirar apenas de longe, não jogar alimentos ou bebidas para os animais, manter a distância, não tocar e respeitar sua área de vivência. 

No caso dos condutores de embarcações, a principal recomendação é a de certificar-se de que não tenha nenhum peixe-boi próximo, já que a hélice do barco pode ferir ou matar o animal.