O líder religioso e um grupo de bispos realizarão um sínodo em Roma
Éric Moreira, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 20/06/2022, às 11h18
O Papa Francisco recebeu um grupo de bispos da Igreja Greco-Católica Melquita no Vaticano nesta segunda-feira, 20. O líder religioso, por sua vez, fez um apelo à toda a sociedade global para que não se esquecessem dos conflitos ocorridos na Síria, mesmo com os conflitos atuais mais comentados serem os que envolvem a Rússia e a Ucrânia.
Os dramas dos últimos meses, que tristemente nos obrigam a olhar para o leste da Europa, não devem nos fazer esquecer o que há 12 anos ocorre na vossa terra. [...] Milhares de mortos e feridos, milhões de deslocados internos, a impossibilidade de iniciar uma necessária reconstrução", afirmou o Papa.
O grupo de religiosos fará um sínodo — reunião convocada pela autoridade eclesiástica — em Roma. Francisco ainda acrescenta, em seu discurso, histórias próprias em que presenciou jovens sírios que tentavam fugir do país. "Senti [...] o drama que traziam dentro de si", disse se referindo aos refugiados, e descreveu o olhar de muitos deles como "quase sem esperança, incapazes de sonhar com um futuro para sua terra."
O líder da Igreja Católica ainda lembrou de outro momento em que diversos fiéis rezaram pela Síria no Vaticano enquanto um bombardeio estava sendo planejado. No evento em questão, também haviam muçulmanos presentes, que levaram seus tapetes e rezaram juntos. "Dali nasceu a expressão 'amada e martirizada Síria'", comentou Papa Francisco, de acordo com o portal de notícias da UOL.
O conflito no território árabe se iniciou em 2011, após série de protestos que vieram a ser conhecidos como 'Primavera Árabe' — onda revolucionária de manifestações e protestos que ocorreram no Oriente Médio e no Norte da África. Segundo os últimos dados apresentados pelas Nações Unidas, mais de 90% da população vive abaixo da linha da pobrez por conta dos conflitos intermináveis.
Atualmente, a Síria é o país com o maior número de pessoas refugiadas em outros lugares do mundo, com quase sete milhões de pessoas fora de seu território original. As mortes estimadas do conflito são de cerca de 350 mil.
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