Anúncio foi feito durante cúpula do grupo militar, sob ameaça de retaliação russa
Éric Moreira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 29/06/2022, às 14h58
A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) anunciou, no que veio a se tornar um marco histórico, que convidou formalmente a Finlândia e a Suécia para fazer parte da aliança militar, nesta quarta-feira, 29. O anúncio foi feito durante cúpula realizada em Madri, na Espanha.
Hoje, decidimos convidar a Finlândia e a Suécia para se tornarem membros da Otan, e concordamos em assinar o Protoclo de Acesso", disse Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, em comunicado após a primeira reunião da cúpula, como informado pelo g1.
Com a adesão dos dois países, em especial a Finlândia, a aliança militar passa a ter maior proximidade territorial com a Rússia, que está em processo de invasão e ataque à Ucrânia devido a aproximação do país com a OTAN. A Finlândia possui uma fronteira com mais de 1,3 km de extensão com o país de Putin.
A Rússia — que também foi tema central da cúpula de Madri —, por sua vez, já havia prometido retaliações "sem precedentes" caso os dois países ingressem na aliança militar ocidental. No entanto, a Finlândia e a Suécia ignoraram as ameaças e entregaram a solicitação formal de pedido de adesão à OTAN em maio.
O convite, que foi formalizado na manhã de hoje, 29, por Stoltenberg, já havia se tornado possível quando a Turquia, país membro da OTAN e que não aceitava a entrada dos países escandinavos no bloco, mudou de posição após negociações.
Recep Tayyip Erdoğan, presidente turco, não aceitava a adesão dos nórdicos pois acusava-os de abrigar turcos considerados terroristas por Ancara — capital turca —, o que ambos os países negam.
Além disso, o movimento também evidenciou uma mudança de postura da Finlândia e da Suécia, que preferiam adotar neutralidade frente a conflitos internacionais, e por isso não eram membros de qualquer aliança militar. De acordo com o g1, o abandono à neutralidade da Suécia e da Finlândia foi a maior mudança na geopolítica mundial desde o início da invasão russa ao território ucraniano, em fevereiro.
Em documento formulado após o primeiro dia de reuniões em Madri, os líderes mundiais membros da OTAN se comprometeram a apoiar a Ucrânia "pelo tempo que durar o conflito".
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