Representação de uma antiga preguiça gigante - Divulgação/YouTube/M.V.M SUPER
Paleontologia

Ossos de preguiça gigante revelam detalhes sobre presença humana na América

Pingentes feitos de ossos gigantes indicam presença humana na América do Sul há pelo menos 25 mil anos

Redação Publicado em 13/07/2023, às 08h13 - Atualizado às 11h46

Ainda hoje, faltam muitas evidências dos primeiros humanos que existiram na América do Sul, de forma que até mesmo saber quando isso ocorreu com precisão é uma tarefa difícil. Porém, a descoberta recente de pingentes feitos de ossos de preguiças gigantes na região indica que os humanos já haviam se fixado por aqui há pelo menos 25 mil anos.

O estudo, publicado na última quarta-feira, 12, no periódico Proceedings of the Royal Society B, foi um trabalho conjunto de pesquisadores do Brasil, da França, dos Estados Unidos e da Irlanda. Para as conclusões, foram analisadas três osteodermas — depósitos ósseos em forma de escamas ou placas — encontradas no Mato Grosso, próximas a ferramentas de pedra com buracos que, conforme aponta a pesquisa, só poderiam ter surgido a partir de ação humana.

Com o achado, é possível inferir que os primeiros homo sapiens chegaram no Brasil e América do Sul bem antes do que se imaginava, entre 25 mil e 27 mil anos atrás, quando as preguiças-gigantes ainda aqui habitavam. 

A partir de uma combinação de técnicas de análise, envolvendo visualização micro e macroscópicas, foi descoberto que essas osteodermas encontradas, assim como seus buracos, foram realmente polidos e continham vestígios de incisões de ferramentas de pedra, de acordo com a Revista Galileu.

As observações mostram que essas três osteodermas foram transformadas em artefatos pelos humanos, provavelmente ornamentos pessoais", é descrito no artigo.
Pingente com buraco feito de osso de preguiça gigante / Crédito: Divulgação/Thaís Pansani

 

"É virtualmente impossível definir o real significado que esses artefatos tinham para os ocupantes de Santa Elina", explica a coautora do estudo Mírian Pacheco, da Universidade Federal de São Carlos, em entrevista ao Live Science. Ela ainda conta que o formato e o grande número de osteodermas na região poderia ter influenciado a criação de pingentes com elas.

 

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