Intitulada "Paisagem 1925", obra inédita de Tarsila do Amaral é descoberta - Reprodução/Jornal Nacional
Tarsila do Amaral

Obra inédita de Tarsila do Amaral é descoberta quase 100 anos após criação

A família de Tarsila do Amaral confirmou a autenticidade da tela inédita "Paisagem 1925", quase 100 anos depois de ter sido pintada

Luiza Lopes, sob supervisão de Éric Moreira Publicado em 20/08/2024, às 10h17

Durante a abertura de uma feira de arte em São Paulo, uma tela atribuída a Tarsila do Amaral, uma das artistas mais importantes do Modernismo brasileiro, apareceu no estande de uma galeria, levantando suspeitas se era de fato verdadeira.

Quatro meses depois, a família de Tarsila confirmou a autenticidade da tela inédita, quase 100 anos depois de ter sido pintada.

A obra é da primeira fase da artista, chamada de Pau Brasil, onde foram retratadas paisagens brasileiras, urbanas e rurais. Intitulada "Paisagem 1925", a tela seria inspirada nas fazendas do interior de São Paulo.

“Eu, pessoalmente, estou muito feliz. Agora, se tudo der certo, essa obra vai para um museu, vai para algum lugar em que ela seja vista por mais pessoas, e todo mundo vai poder ver uma nova Tarsila que ninguém nunca tinha visto antes”, disse Paola Montenegro, sobrinha-bisneta de Tarsila do Amaral e gestora da Tarsila S.A, ao Jornal Nacional.

Perícia científica

A autenticidade da tela foi verificada pelo novo Comitê do Projeto de Certificação e Catalogação da artista. Ao Metrópoles, Paola afirmou que “por mais que a família conheça a obra dela, é imprescindível a análise de profissionais para realizar essa identificação”.

Ela foi responsável por contratar Douglas Quintale, perito e presidente do Comitê de Autenticação Tarsila S.A.

Nós fazemos exames físico-químicos, de luz ultravioleta, de infravermelhos, escaneamento da imagem. Hoje, nós temos, no Brasil, equipamentos e laboratórios altamente complexos e competentes para poder nos ajudar nessa tarefa”, afirmou Quintale ao Jornal Nacional.
Assinatura de Tarsila em sua obra "Paisagem 1925" / Crédito: Reprodução/Jornal Nacional

 

Proprietário da obra

De acordo com o Jornal Nacional, o dono original da obra era Mikael Abouij Naid, brasileiro-libanês com dupla nacionalidade, que comprou o quadro diretamente de Tarsila em 1951.

“É um libanês que na época morava aqui. Tinha uma proximidade com a família Amaral, e comprou por ocasião do casamento dele com a esposa, Beatriz Maluf. Foi um presente de casamento dele para ela”, contou o galerista Thomaz Pacheco ao jornal.

Quando Beatriz morreu, no final da década de 1970, o marido levou o quadro para o Líbano, onde ele também faleceu. E, só em 2023, o filho do casal trouxe de volta o quadro para o Brasil.

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