Ilustração do gigante tubarão Megalodon - Divulgação
Arqueologia

Novo estudo sobre Megalodon, maior tubarão que já existiu, revela a importância de seus 'berçários'

Segundo os pesquisadores, o desaparecimento de lugares hábeis onde o super predador pudesse criar seus bebês teria sido decisivo para seu desaparecimento

Ingredi Brunato Publicado em 28/11/2020, às 13h00

Na última quarta-feira, 25, foi publicada na Revista Biology mais um estudo sobre os viveiros onde o maior tubarão que já viveu na Terra, o famoso Megalodon, teria criado seus filhotes, 15 milhões de anos atrás. 

"Nossos resultados revelam, pela primeira vez, que as áreas de berçário eram comumente usadas pelo Megalodon em grandes escalas temporais e espaciais. Portanto, parece plausível que o uso de viveiros possa ter sido essencial para o Megalodon”, explicaram os autores no artigo, que descobriram que os filhotes do tubarão demoravam para atingir a maturidade sexual, de forma que eram cuidados pelos pais por mais tempo. 

E é justamente por essa importância fundamental desses ecossistemas para a espécie pré-histórica que os cientistas concluíram que a extinção do tubarão poderia estar relacionada com a diminuição dos viveiros disponíveis no oceano. 

Embora admitam que não se pode ainda afirmar as causas da extinção do Megalodon com certeza, uma mudança climática que causasse o desaparecimento dos ecossistemas onde os filhotes da espécie eram criadas seria uma causa lógica para o desaparecimento do tubarão gigante. 

Uma outra hipótese, oferecida por estudos anteriores, especula que o aparecimento de grandes tubarões brancos, outro impressionante predador marinho que portanto competiria com o Megalodon, poderia ser um fator mais decisivo.

Sobre o Megalodon 

O Megalodon é o maior tubarão que já existiu. Ele era um predador feroz que viveu há 2,6 milhões de anos e podia atingir um impressionante tamanho. Sua cabeça media 4,65 metros e, sua cauda, cerca de 3,85 metros de altura, com 250 dentes serrilhados que podiam medir 17 cm.

A fera marinha precisava caçar grandes presas, que satisfizessem sua insaciável fome, por isso se alimentavam de baleias, focas e tartarugas marinhas. Um dos maiores animais de toda a história do planeta Terra, sua presença nos mares também teve um impacto ecológico no ecossistema do Mioceno Inferior ao Plioceno, acreditam os estudiosos.

O animal foi mencionado pela primeira vez no século 17, quando o naturalista dinamarquês Nicolas Steno identificou os dentes encontrados como sendo de tubarões. Até essa época, desde a Antiguidade, os objetos eram localizados nas costas em diferentes partes do mundo, mas ninguém sabia exatamente o que eram.

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