Tribunal em Melbourne anulou matrimônio após alegações de que a cerimônia era uma estratégia para promover o perfil do noivo no Instagram
Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Publicado em 10/01/2025, às 15h00
Um tribunal de família em Melbourne anulou um casamento após a noiva alegar que a cerimônia era apenas uma estratégia para promover o perfil do noivo no Instagram. O caso foi decidido em outubro de 2023, com a sentença sendo divulgada na última quinta-feira, 9.
Conforme a decisão judicial, a noiva, cuja identidade foi preservada por razões legais, declarou que acreditava participar de um evento de mídia social e não de um casamento juridicamente válido.
Ela conheceu o noivo, quase 20 anos mais velho, em um aplicativo de namoro em setembro de 2023. O casal manteve contato por três meses antes de o homem convidá-la para o que ele chamou de uma "festa branca" em Sydney, em dezembro.
Ao chegar ao local, a noiva disse ter ficado surpresa ao descobrir que ele havia organizado um casamento.
Segundo seu depoimento, ela expressou desconforto e quis ir embora, mas o noivo a tranquilizou dizendo que se tratava apenas de "uma brincadeira" para gerar engajamento em seu perfil no Instagram. Ele teria afirmado que o evento era essencial para monetizar sua conta, que tinha 17.000 seguidores.
Imagens da cerimônia exibidas no tribunal mostraram o casal trocando votos e alianças. Apesar da aparente participação "entusiástica" da noiva, ela alegou que tudo foi encenado.
A descoberta de que o casamento era legal veio posteriormente, quando o noivo pediu para que ela acrescentasse seu nome ao processo de residência permanente dele. O homem, entretanto, teria que confessar as especificações de casamento para obter o status.
A noiva declarou estar indignada com a situação e afirmou que nunca teria se casado sem a presença e permissão dos pais, além de uma cerimônia tradicional. O noivo, por sua vez, contestou essas alegações, afirmando que eles tinham decidido se casar e que a cerimônia seria uma etapa preliminar antes de uma celebração oficial no país de origem dele.
Entretanto, o tribunal não encontrou respaldo para as afirmações do noivo. Foi constatado que o casal vivia em residências isoladas e que o homem havia enviado uma notificação de intenção de casamento semanas antes do evento, o que contradizia sua versão.
Além disso, o juiz considerou "inacreditável" que a noiva teria concordado em se casar em tão pouco tempo e sem a presença de familiares ou amigos.
Na sentença, o juiz declarou que o relato do noivo era desprovido de coerência e detalhes, enquanto a versão da noiva era mais consistente. Ele concluiu que a noiva foi motivada ao casamento sem seu consentimento pleno, resultando na anulação da união.
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