Autor de 'Sandman', Neil Gaiman deu entrevista à Splash, da UOL
Éric Moreira Publicado em 10/08/2022, às 16h05
Neil Gaiman é o escritor britânico conhecido mundialmente pela série de histórias em quadrinhos 'Sandman', que coleciona uma legião de fãs em diversos lugares do globo. Recentemente, as histórias protagonizadas pelo personagem 'Sonho' ainda deram mais um passo rumo à fama, com uma nova adaptação na Netflix, em um seriado com mesmo nome das HQs.
O escritor britânico, ainda, possui um carinho especial pelos fãs brasileiros, visto que foi aqui o primeiro país em que as histórias — publicadas originalmente em inglês, em 1988 — foram traduzidas. No entanto, a relação entre Gaiman e o Brasil não é marcada somente por alegrias, e recentemente ele fez críticas aos políticos do país, em entrevista exclusiva à Splash, da UOL.
Fico muito feliz com a receptividade do Brasil, eu amo o povo brasileiro. No entanto, não sinto a mesma coisa com alguns políticos brasileiros", diz o autor. "Eles tiram coisas de contexto", lembra.
A fala de Neil Gaiman se refere a um acontecimento incômodo de 2019, envolvendo a então Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves. Na época, ela utilizou uma arte do escritor em uma apresentação para falar de 'ideologia de gênero', em tom negativo.
Na época, a ministra utilizou uma arte do livro 'A Bela e a Adormecida', de 2015 — arte esta criada pelo ilustrador Chris Riddell — para defender a tese de que a personagem 'Elsa', do famoso filme 'Frozen', de 2014, era lésbica. A ilustração em questão retratava um beijo entre duas mulheres.
Em seu Twitter, após o acontecimento, Gaiman comentou em seu Twitter, em tom de decepção, a frase "Oh, Brasil".
Ainda em conversa com a Splash, Gaiman lembrou de uma experiência que enfrentou no Brasil, em 2001, quando mais de mil pessoas se reuniram visando conseguir um autógrafo. "Vocês têm pessoas fabulosas, mas também bastante barulhentas", lembra o autor.
Além disso, na ocasião, quando a fila para autógrafos foi encerrada, ainda haviam cerca de 400 pessoas esperando conhecê-lo. "Elas ameaçaram se revoltar e destruir tudo, mas ameaçaram de um jeito divertido e brasileiro. Por isso, fiquei até as 3 da manhã autografando. Eu fiquei completamente sem voz", acrescenta.
Foi o primeiro lugar que enlouqueceu com a minha presença. O público correu para o palco. Quando terminei de falar, os seguranças tiveram que me levar para fora do prédio."
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