Artefatos recuperados - Divulgação/Museu de Portland
Naufrágio

Naufrágio de 200 anos ganhará proteção para impedir a aproximação de curiosos

Medida visa prevenir possíveis violações ao tesouro submerso, uma vez que o navio transportava 62 baús de barras de prata, que ainda não foram encontrados

Giovanna Gomes Publicado em 15/08/2024, às 08h03

O naufrágio do navio Earl of Abergavenny, ocorrido em fevereiro de 1805 na costa de Weymouth, Dorset, é um dos desastres marítimos mais marcantes da história do Reino Unido.

Na quarta-feira, 14, o governo britânico concedeu ao local o status de proteção especial, visando evitar curiosos e prevenir possíveis violações ao tesouro submerso.

De acordo com o portal Galileu, a proteção ficará a cargo do Historic England, órgão responsável por preservar o patrimônio histórico da Inglaterra. Embora mergulhadores ainda possam visitar o local, é proibido tocar em qualquer artefato.

O Earl of Abergavenny, com 1.300 toneladas, transportava 62 baús de barras de prata, que ainda não foram encontrados. Na época, o valor da carga era estimado em 70.000 libras, equivalente a cerca de 7,5 milhões de libras atuais (aproximadamente R$ 52 milhões).

O naufrágio resultou na morte de 250 pessoas, incluindo o capitão John Wordsworth, irmão do renomado poeta romântico William Wordsworth. Muitos artefatos do naufrágio estão no Museu de Portland, no sul da Inglaterra.

Proteção essencial

Duncan Wilson, presidente-executivo do Historic England, destacou que, embora não seja possível proteger o navio das condições naturais, a proteção contra atividades humanas é essencial. Wilson também mencionou que a Companhia das Índias Orientais, que tinha laços com a família Wordsworth, contribuiu para a expedição.

William Wordsworth, após a morte do irmão, passou a escrever poemas mais melancólicos, incluindo “The Character of the Happy Warrior” e “Elegiac Stanzas”, que fazem referência a John. O navio, que partiu de Portsmouth para a Ásia, afundou após colidir com um banco de areia durante uma tempestade.

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