Crocodilo fêmea que teve 14 ovos - Divulgação / Warren Booth et.al
Costa Rica

Na Costa Rica, crocodilo fêmea 'virgem' que vive isolada há 16 anos bota 14 ovos

O réptil botou 14 ovos em janeiro de 2018, mas o estudo só foi revelado nesta quarta-feira, 7

Redação Publicado em 07/06/2023, às 14h20

Pesquisadores relataram pela primeira vez um caso de  partenogênese facultativa em uma fêmea de crocodilo, ou seja, quando o animal consegue ter descendentes mesmo sendo “virgem”.  A mais nova mamãe botou ovos sem ter a fecundação de um macho. Ela está isolada há, ao menos, 16 anos.

O caso aconteceu nesta quarta-feira, 7, no Parque Reptilandia, na Costa Rica, na revista Biology Letters. Em 2002, a fêmea foi levada para viver em cativeiro, quando tinha somente 2 anos de idade. Em janeiro de 2018, ela botou uma ninhada de 14 ovos por conta própria, mas eles não eclodiram.

Através de um programa de computador chamado ParthenoGenius, a equipe de pesquisadores confirmou que os crocodilos que estavam em desenvolvimento eram  partenogênicos, que eram compostos por material genético exclusivo da mãe. A equipe disse que o estudo foi “decepcionante”, já que o ovo não eclodiu como o esperado. Contudo, é comum que ovos produzidos assim não cresçam.

Warren Booth, principal autor da pesquisa, disse ao site IFLScience:  “Com jiboias e pítons, tendemos a ver partenogênicos nascidos externamente saudáveis”. “Com cobras venenosas, como cascavéis, serpentes etc., e cobras-d'água e cobras jarreteiras, vemos o contrário. A maioria dos partenogênicos são natimortos ou gravemente deformados”.

Conclusão do estudo

Essa descoberta, segundo a Revista Galileu, revela que o fenômeno da partenogênese está presente nos vertebrados arcossauros (grupo que inclui os crocodilianos e as aves). A partir desse estudo, é possível que os seres pré-históricos também fossem partenogênicos.

Durante bastante tempo, essa técnica era considerada uma “síndrome de cativeiro”, mas Booth explicou que, nos últimos anos, vários partenogênicos foram encontrados na natureza. Logo, é provável que “partos virgens” sejam reconhecidos mais em animais em cativeiro pois há tratadores por perto para os notar.

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