Encontradas na cidade de Oxyrhynchus, as línguas de ouro eram inseridas na boca de determinadas múmias a partir de uma crença egípcia sobre o mundo dos mortos
Giovanna Gomes Publicado em 11/01/2024, às 11h57
Uma equipe de arqueólogos encontrou recentemente duas múmias equipadas com línguas douradas na antiga cidade de Oxyrhynchus, elevando para 16 o total de objetos do tipo descobertos no local.
Os egípcios do período romano (29 a.C. a 641 d.C.) inseriam tais artefatos nas bocas de determinadas múmias por acreditarem que isso permitiria que elas usassem a língua na vida após a morte.
Segundo o Live Science, Esther Pons Mellado e Maite Mascort, que coordenaram a missão arqueológica de Oxirrínquio, explicaram que, para os egípcios, as múmias com línguas de ouro teriam a habilidade de se comunicar com Osíris no submundo após a morte.
Em 2023, a equipe em questão identificou três grandes locais subterrâneos de sepultamento conhecidos como hipogeia, datados do período ptolomaico (304 a 30 a.C.).
Durante a exploração desses locais, foram encontrados nove sarcófagos de pedra com desenhos antropomórficos (uma combinação de pessoas e animais), sendo que dois ainda permaneciam fechados, não tendo sido portanto saqueados ao longo dos milênios.
Pons Mellado destacou, por e-mail ao Live Science, que esta foi a primeira vez que encontraram em Oxyrhynchus terracota representando Ísis-Afrodite, marcando a primeira aparição dessas peças nesta região do Médio Egito.
Embora detalhes sobre os falecidos permaneçam desconhecidos, acredita-se que tenham sido figuras proeminentes em Oxirrínquio, considerando sua capacidade de arcar com os custos da mumificação e, em alguns casos, até mesmo de serem enterrados com línguas douradas.
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