A visão do enorme objeto laranja-avermelhado se movimentando chocou os moradores de Cambridgeshire
Vanessa Centamori Publicado em 17/04/2020, às 10h54
Na última quarta-feira, 15, um misterioso redemoinho flamejante foi visto no céu do condado de Cambridgeshire, na Inglaterra, surpreendendo observadores locais. Um deles foi Gerry Underwood, que estava do lado de fora de seu barco, na vila de Stretham.
De acordo com Underwood, o objeto parecia uma nuvem magrela. E estava caindo devagar, em espiral, até que começou a emitir um brilho laranja. “Não estava se movendo depressa. Tenho certeza que não era um meteorito, pois eles normalmente somem em um segundo. Já vimos centenas de estrelas cadentes, mas definitivamente não era isso”.
Segundo o tablóide The Sun, o homem de 55 anos comparou o objeto ainda com um chemtrail, uma substância presente em teorias da conspiração. As histórias conspiracionistas dizem que esse fenômeno seria um rastro deixado por aviões liberadores de agentes químicos que causam danos propositais à saúde da população.
Teorias à parte, a organização de educação National Space Academy apontou uma explicação científica para o fenômeno. Segundo a presidente do centro, Sophie Allan, trata-se apenas um rasto de condensação - uma inofensiva nuvem artificial formada por um avião, a partir de um trecho de grande altitude.
“Devido ao ângulo pequeno com relação ao Sol e a cor laranja-avermelhada, boa parte desse rasto de condensação irá acender”, afirmou Allan. Além disso, apesar da aparência de fogo, as nuvens do rasto são compostas de pequenos cristais de gelo.
Mas por quê o objeto parece que está se movendo? segundo a presidente da National Space Academy, isso ocorre pois o rasto acontece enquanto o Sol está abaixando no céu. Desse modo, um pedaço da nuvem de condensação que está aceso “se movimenta para a frente”, criando a ilusão que está se movendo, quando, na verdade, é apenas o Sol se movimentando.
“A sensação de redemoinho pode ser explicada pelos ventos de grande altitude, que perturbam e causam turbulência [no rasto de condensação]”, explicou Allan. Segundo ela, um avião teria sobrevoado a área 34 minutos antes da foto do fenômeno ser tirada, o que “seria ideal para esse tipo de efeito”.
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