Restos mortais encontrados em praia remota australiana, no Natal de 2017, ajudaram a colocar fim sobre o destino de Christopher Luke Moore; entenda!
Fabio Previdelli Publicado em 15/01/2024, às 12h13
Após quase um século, uma família enfim pôde enterrar um veterano da Primeira Guerra Mundial graças a ajuda da descoberta forense. Tudo começou no Natal de 2017, quando um crânio humano foi encontrado por um mergulhador em uma praia remota perto de Wilsons Prom, na costa sul de Gippsland, em Victoria, na Austrália.
+ Batalha do Somme: 'Erro colossal' levou ao massacre de quase 20 mil soldados
Após o achado, a polícia foi acionada e um esqueleto quase intacto foi encontrado debaixo d’água. Entretanto, apesar de um inquérito coronal, os restos mortais não puderam ser identificados. Apelidado de "esqueleto de Sandy Point", sabia-se que ele pertencia a um homem caucasiano entre 21 e 37 anos.
O caso foi reaberto este ano, aponta o NY Post, após a investigadora do Instituto Vitoriano de Medicina Forense, a drª. Dadna Hartman, usar uma "ferramenta forense nova e emergente".
"Na época em que o infame caso do Golden State Killer [nome dado ao assassino em série Joseph James DeAngelo] chegou ao noticiário pelo uso da genealogia genética forense/investigativa para identificar o suspeito, o caso menos conhecido da Buckskin Girl [nome dado ao caso de assassinato de Marcia King] também foi resolvido usando o mesmo método", escreveu Hartman em um artigo publicado pela Monash University.
Este foi um verdadeiro momento luminoso para mim", prossegue. "Como poderíamos potencialmente usar isso… especialmente quando já esgotamos todas as vias atuais de investigação?".
Desta forma, sua equipe conseguiu extrair o DNA dos restos mortais, que então foram enviados para um laboratório do Texas — que, por sua vez, produziu um perfil dos material genético. Usado dois dados de ancestralidade, esse perfil foi comparado a registros existentes antes dos pesquisadores contactarem um parente vivo da vítima.
Com a confirmação que o esqueleto pertencia a Christopher Luke Moore — que tinha 29 anos quando desapareceu enquanto nadava com seu irmão, há 95 anos —, sua sobrinha-neta, Kathryn Hogan, foi procurada.
Registros da época apontam que Moore teria se afogado pouco depois das 17 horas do dia 30 de dezembro de 1928, em condições descritas como difíceis. Walter Clarke, testemunha na época, disse que viu Christopher "em uma grande rebentação" antes de "desaparecer imediatamente" sob as ondas.
Agricultor em Gippsland, região rural da Austrália, Christopher Luke Moore se alistou com 18 anos, servindo como artilheiro na 10ª Brigada de Artilharia de Campanha entre 1917 e 1919.
Em entrevista à ABC Radio Melbourne, Hogan disse que foi abordada por um detetive, neste ano, que buscava obter amostra para um caso 'histórico'. "Fiquei surpresa", confidenciou a mulher.
Não sabíamos a verdadeira história… eles resolveram um mistério familiar para nós", completou.
Par de potes da Dinastia Ming é leiloado por valor recorde de R$ 71 milhões
Guitarrista detalha primeira impressão que teve de Freddie Mercury: 'Irritante'
Sinos da Catedral de Notre Dame voltam a soar em Paris cinco anos após incêndio
Homem é baleado e morto no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em SP
A última nota escrita pela Rainha Elizabeth em diário antes de sua morte
Rei holandês repudia ataques antissemitas após jogo de futebol e relembra 2ª Guerra