Satélite Dart perto de colidir com o asteroide Dimorphos - Getty Images
Asteroides

Missão Hera visitará esteroide desviado pela NASA para desvendar mistérios

Sonda europeia embarca em jornada para investigar colisão espacial de asteroide da NASA e aprimorar defesas planetárias; saiba mais!

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 05/10/2024, às 11h45

A Agência Espacial Europeia (ESA) se prepara para lançar a sonda Hera, com destino ao asteroide Dimorphos, alvo da missão DART da NASA em 2022. A colisão intencional da DART com o asteroide marcou um marco nas defesas planetárias, e a Hera tem a missão crucial de investigar os efeitos desse impacto e coletar dados cruciais para aprimorar estratégias de defesa contra futuras ameaças de asteroides.

"É uma série de momentos de tirar o fôlego", afirmou Paolo Martino, engenheiro-chefe da missão Hera, ao 'The Guardian'. O lançamento, previsto para segunda-feira a bordo de um foguete SpaceX Falcon 9, é apenas o primeiro passo dessa jornada épica. A sonda passará por Marte em 2025 e chegará a Dimorphos em dezembro de 2026.

Nomeada em homenagem à deusa grega do casamento, Hera terá a tarefa de analisar em detalhes o estado de Dimorphos, um asteroide de 150 metros de largura que orbita um corpo maior chamado Didymos. A colisão da DART alterou significativamente a órbita de Dimorphos, mas muitos mistérios ainda precisam ser desvendados.

Dart conseguiu mudar a órbita de Dimorphos de forma muito eficiente, até além das expectativas, e agora os cientistas precisam saber em detalhes o que aconteceu e que tipo de efeitos o impacto teve no asteroide", disse Martino.

"Sucesso espetacular"

A Hera levará a bordo instrumentos avançados que permitirão mapear a superfície de Dimorphos, medir sua massa e composição, e até mesmo investigar sua estrutura interna. Duas sondas menores, chamadas cubesats, serão liberadas pela Hera para realizar observações mais detalhadas e, possivelmente, pousar na superfície do asteroide.

"A missão Dart foi um sucesso espetacular como demonstração da tecnologia de deflexão de asteroides, mas como um experimento científico gerou tantas perguntas quanto forneceu respostas", afirmou o professor Gareth Collins, membro da equipe científica da Hera.

Segundo o 'The Guardian', um dos maiores mistérios é como a colisão da DART conseguiu alterar tanto a órbita de Dimorphos. Cientistas acreditam que a estrutura interna do asteroide, possivelmente composta por uma pilha de entulho, pode ter amplificado os efeitos do impacto.

Os dados coletados pela Hera serão cruciais para aprimorar os modelos de simulação de impactos de asteroides e desenvolver estratégias mais eficazes para desviar futuras ameaças. "Se alguma vez tivermos uma ameaça real no futuro, estaremos em posição de escolher a melhor técnica", disse Martino.

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