Evidências arqueológicas “indescritíveis” foram reveladas ao redor do monumento de pedra, segundo pesquisador
Redação Publicado em 12/05/2022, às 10h31
Milhares de poços que podem ter sido usados por caçadores pré-históricos foram descobertos por arqueólogos da Universidade de Birmingham e da Universidade de Ghent nas proximidades do Stonehenge, no Reino Unido.
Acredita-se que alguns desses locais tenham mais de 10 mil anos, com a maioria datando entre cerca de 8.200 a.C. e 7.800 a.C. Com isso, a região teria sido percorrida pelos caçadores-coletores entre o começo do período mesolítico e a última Idade do Gelo.
Um desses poços é considerado o maior do seu tipo no noroeste da Europa, de acordo com os pesquisadores envolvidos na escavação, por sua dimensão de quatro metros de largura e dois de profundidade.
"A descoberta do maior poço do Mesolítico Inferior conhecido no noroeste da Europa mostra que este era um lugar especial para comunidades de caçadores-coletores milhares de anos antes das primeiras pedras serem erguidas", afirmou Nick Snashall, arqueólogo do Stonehenge e Avebury World Heritage Site.
Segundo Paul Garwood, professor sênior de pré-história da Universidade de Birmingham, a descoberta não é somente “um instantâneo de um momento no tempo". Segundo ele, os vestígios abrangem milênios.
"Desde os primeiros caçadores-coletores até os últimos habitantes da Idade do Bronze de fazendas e sistemas de campo, a arqueologia que estamos detectando é o resultado da ocupação complexa e em constante mudança da paisagem”, explicou.
Para a escavação dos poços, os especialistas usaram uma combinação de técnicas da nova geofísica e da arqueologia “tradicional”. Pela primeira vez, foi realizada uma pesquisa de indução eletromagnética na região do Stonehenge.
Essa forma de desenvolver o estudo, utilizando novas e antigas técnicas, foi capaz de revelar evidências arqueológicas “indescritíveis” ao redor de Stonehenge, como classificou o professor associado da Universidade de Ghent, Philippe De Smedt.
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