Miranda, uma das Luas de Urano - NASA
Vida extraterrestre

Lua de Urano pode sustentar formas de vida extraterrestre, afirmam cientistas

Estudo recente sugere que Miranda, uma das luas de Urano, pode abrigar recursos naturais suficientes para sustentar formas de vida extraterrestre

Redação Publicado em 31/10/2024, às 15h00

Um estudo recente sugere que uma das luas de Urano, Miranda, pode abrigar recursos naturais suficientes para sustentar formas de vida extraterrestre.

Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins e da Universidade de Dakota do Norte identificaram indícios de que esta lua contém reservas de água abaixo de sua superfície, o que poderia representar um avanço significativo na busca contínua por vida alienígena.

Vida além da Terra

Tom Nordheim, cientista planetário e pesquisador, destacou a surpresa ao encontrar evidências de um oceano em um objeto tão pequeno como Miranda. "Descobrir a presença de um oceano dentro de Miranda é incrivelmente surpreendente", afirmou Nordheim. Os resultados foram publicados no The Planetary Science Journal.

A descoberta alimenta a ideia de que algumas luas de Urano, um dos planetas mais distantes do nosso sistema solar, podem ser mundos oceânicos, oferecendo um campo fértil para estudos futuros sobre a habitabilidade dessas regiões. Esta pesquisa complementa dados anteriores da NASA que investigaram outras luas uranianas em busca de sinais semelhantes.

Além disso, Sherry Fieber-Beyer, outra pesquisadora envolvida no estudo, ressaltou a importância dessas descobertas para o entendimento da formação do sistema solar. A análise pode oferecer novas perspectivas sobre como os movimentos dos planetas gigantes contribuíram para a criação de asteroides e luas.

A equipe reavaliou imagens capturadas pela sonda Voyager 2 em 1986, concentrando-se no terreno irregular do hemisfério sul de Miranda. As investigações sugerem que as forças de maré entre Miranda e outras luas próximas geraram calor suficiente para manter seu interior aquecido, possivelmente sustentando um oceano subsuperficial.

Este estudo nos ajuda a compreender as condições necessárias para que uma lua gelada seja considerada um mundo oceânico", explicou Caleb Strom, destacando a relevância dessa pesquisa na avaliação da habitabilidade das luas exteriores do sistema solar.

Embora ainda não haja certeza sobre a presença atual de um oceano em Miranda, os pesquisadores acreditam que ele possa ter existido há cerca de 100 a 500 milhões de anos. A continuidade desse fenômeno depende da coleta de mais dados futuros. Como Nordheim observou: "Estamos ansiosos para retornar e explorar Urano e suas potenciais luas oceânicas com mais profundidade".

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