Após eleições consideradas fraudulentas, protestos contra o presidente Alexander Lukashenko estão sendo reprimidos
Giovanna de Matteo Publicado em 25/08/2020, às 11h37
A opositora bielorrussa Svetlana Tikhanovskaya declarou hoje, 25, por videoconferência durante uma reunião com membros do Parlamento Europeu que a Belarus está em cenário de uma "revolução pacífica": "Somos maioria agora. Uma revolução pacífica está em curso. Não é uma revolução geopolítica (...) é uma revolução democrática", afirmou ela.
Svetlana contestou os termos "pró-Rússia ou anti-Rússia" e "pró ou anti-UE" sobre os protestos que estão acontecendo no país, indicando que seria apenas uma manifestação em prol da Belarus, ao contrário do presidente Alexander Lukashenko, que apresenta a mobilização nas ruas como um complô ocidental contra a influência russa.
"Meu país está em crise", respondeu a opositora sobre a repressão que os manifestantes vêm enfrentando, citando as detenções, desaparecimentos e mortes dos manifestantes. Ademais, ela enfrentou o Estado e disse com firmeza que as "tentativas de repressão violenta não dissuadiram, apenas reforçaram a resolução da nação".
Ela também indicou que a manifestação do dia 23 de agosto, em Minsk, foi a "maior da história de Belarus", quando quase 100 mil pessoas saíram às ruas da capital. O movimento revolucionário começou quando os resultados da eleição presidencial de 9 de agosto apontaram a vitória de Lukashenko, que foram consideradas pelo povo como fraudulentas, e considerado atualmente o "último ditador da Europa".
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