Detalhes da autópsia de Diego Maradona, craque falecido em novembro de 2020, foram apresentados durante audiência; confira
Giovanna Gomes Publicado em 28/03/2025, às 11h34
O julgamento que discute as circunstâncias da morte de Diego Armando Maradona revelou detalhes impactantes que levaram Jana Maradona, uma das filhas do astro, a deixar o tribunal. Durante a audiência, foram apresentados documentos e imagens da autópsia do craque, falecido em novembro de 2020. O médico aposentado e comissário de polícia Carlos Mauricio Cassinelli, que participou do procedimento, afirmou que Maradona sofreu até 12 horas de agonia antes de falecer.
Segundo o especialista, o coração de Maradona pesava 503 gramas — o dobro do peso normal para alguém da sua idade — devido ao excesso de gordura e dilatação, caracterizando uma cardiomiopatia dilatada. Além disso, o corpo do ex-jogador continha 4,5 litros de líquido, dos quais três estavam acumulados no abdômen, meio litro em cada pulmão e o restante na cabeça.
De acordo com o portal La Nacion, durante o depoimento, Cassinelli explicou que a retenção de líquidos não ocorre de maneira abrupta, mas de forma gradual. Quando questionado se a morte poderia ser considerada um evento "repentino, agudo e inesperado", ele declarou que não, destacando que a condição de Maradona evoluiu ao longo dos dias, sendo previsível.
A autópsia teve início no dia 25 de novembro de 2020, às 19h, no necrotério do Hospital Provincial Petrona V. de Cordero, em San Fernando. Cassinelli descreveu o procedimento detalhadamente, apontando que a massa cerebral do ídolo estava edemaciada e pesava mais do que o normal devido ao acúmulo de água. Ele também revelou que os pulmões estavam túrgidos e cheios de líquido, com aproximadamente meio litro em cada cavidade pleural.
A causa da morte, segundo a autópsia realizada por cinco médicos legistas e um observador, foi "edema pulmonar agudo secundário a uma insuficiência cardíaca congestiva exacerbada e miocardiopatia dilatada". Cassinelli afirmou que os profissionais responsáveis pelo cuidado de Maradona, especialmente os enfermeiros, deveriam estar atentos aos sintomas apresentados e que o ex-jogador não era um paciente que poderia permanecer sem monitoramento contínuo.
Outra testemunha presente no julgamento foi Federico Corasaniti, chefe do Corpo Médico Forense do Departamento de San Isidro, que corroborou as declarações de Cassinelli. Ele mencionou que Maradona passou por uma "agonia sustentada", um período de sofrimento prolongado antes da morte, evidenciado pela formação de coágulos nas câmaras cardíacas — algo que não ocorre em eventos súbitos.
Corasaniti destacou que sinais como inchaço nos pés poderiam ter sido identificados previamente, reforçando que houve negligência no acompanhamento da saúde do ex-atleta.
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