Após explodir o edifício de ligações intercoreanas a mando da irmã de Kim Jong-un, o veículo ainda afirmou que foi um "exercício de direito"
Wallacy Ferrari Publicado em 18/06/2020, às 10h24
O jornal oficial do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, o Rodong Sinmun, publicou nesta quinta-feira, 18, um artigo comunicando o posicionamento do governo em relação a explosão do escritório de comunicação intercoreana, na terça-feira, 16.
De acordo com o texto, a medida “é parte de uma punição impiedosa para aqueles que sonharam acordado na persistente busca da política oculta que nos é hostil”. O texto seguiu acrescentando ameaças ao território sul-coreano, assumidamente explicado como uma “vingança”.
O artigo afirma que a explosão foi “apenas o começo” e será uma de várias “explosões ininterruptas” para defender a justiça do que eles consideram um ferimento inviolável de sua liderança suprema: “Um crime hediondo certamente implica uma punição implacável”.
O motivo principal para o encerramento do escritório seria a impossibilidade que interromper o envio de balões com folhetos anti-comunismo nas fronteiras do país, normalmente mandados por desertores da Coreia do Norte.
Os constantes disparos de mensagens contra o governo têm atraído a população norte-coreana e irritado o líder, que solicitou o intermédio de sua irmã, Kim Yo-jong, para o fechamento do escritório.
O texto recomenda que as autoridades sul-coreanas não se acovardem e se apresentem para evitar mais atos de retaliação e hostilidade: “Não mostrem sinais de remorso e reflexão paguem caro por seus crimes sem falhas”.
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