JonBenét Ramsey - Divulgação
JonBenét Ramsey

JonBenét Ramsey: Os suspeitos pelo assassinato não solucionado de quase 30 anos

Após a noite de natal de 1996, a pequena JonBenét Ramsey foi achada morta no porão de sua casa; após quase 30 anos, caso segue sem solução

Fabio Previdelli Publicado em 09/12/2024, às 14h10

Nas primeiras horas pós-Natal de 1996, a pequena JonBenét Ramsey, de apenas seis anos, foi dada como desaparecida da casa de sua família em Boulder, no Colorado. Pouco depois, seu pai, John Ramsey, encontrou o corpo da garotinha no porão da casa. 

JonBenét tinha um garrote em volta do pescoço, e seu crânio estava esmagado por um golpe aparente na parte de trás da cabeça. Ela também tinha marcas de abuso sexual pelo corpo. 

Após quase três décadas, o caso continua sem uma solução. Neste meio tempo, o Departamento de Polícia de Boulder nomeou e inocentou suspeitos, organizou forças-tarefas, reuniu mais de 1.400 evidência e entrevistou 140 possíveis suspeitos ou testemunhas. Existem mais 50 mil páginas de documentos nos arquivos do Departamento de Polícia de Boulder — mas ninguém foi levado à justiça.

+ JonBenét Ramsey: relembre o crime por trás do documentário da Netflix

O caso voltou aos holofotes após o novo true crime de sucesso da Netflix, 'Caso Arquivado: Quem Matou JonBenét Ramsey?'. A polícia acredita que resolverá o caso em 2025. Aqui estão alguns dos principais suspeitos que foram investigados nas últimas três décadas.

A Família Ramsey

A Família Ramsey passou o Natal de 1996 sem nenhuma companhia. Apenas o casal John e Patsy Ramsey e seus filhos JonBenét e Burke (de 9 anos) estiveram na casa. O motivo fez a polícia acreditar que o crime seria algo familiar — suspeitando que foi a própria Patsy quem escreveu uma nota de resgate encontrada na cena do crime.

Outra teoria que perdurou por anos foi que Burke poderia ter brigado com a irmã e a machucou ou a matou de forma acidental. Assim, seus pais teriam acobertado o caso para fazer tudo parecer uma invasão. 

John Ramsey - Reprodução/Video

 

Um ponto crucial, no entanto, não foi levado em conta para essas teorias: a presença de um DNA desconhecido encontrado nas roupas da menina. Conforme recorda o NY Post, duas semanas após o assassinato, evidências de DNA pareciam indicar que outra pessoa estava presente no momento do assassinato.

Ainda assim, foi apenas em 2008 que a promotoria pública anunciou que a família não era mais suspeita pelo crime. Vale ressaltar, ainda, que Patsy Ramsey morreu em 2006, de câncer de ovário, ainda sendo um alvo pela morte da filha.


John Mark Karr

Em meados de 2002, John Mark Karr começou a compartilhar com um jornalista investigativo possíveis detalhes sobre o assassinato — que não eram de conhecimento público. Quatro anos mais tarde, o jornalista Michael Tracey contatou as autoridades.

Karr acabou sendo rastreado até Bangkok, onde estava escondido para evitar acusações não relacionadas de pornografia infantil nos EUA. Ele acabou sendo extraditado e chegou a ser preso, confessando o assassinado JonBenét.

Porém, logo as autoridades constataram que seu DNA não correspondia às amostras retiradas da cena do crime. Sua ex-esposa também forneceu um álibi, dizendo que ele estava na Carolina do Norte no dia em que a menina foi morta. 

No ano passado, John Mark Karr deu uma declaração pública afirmando que não era louco nem mentiroso, reforçando que era o responsável pelo crime. "Eu sei a verdade", ele disse na época, "mas ninguém vai ouvir".


Gary Oliva

Gary Oliva é um criminoso sexual que morava em Boulder na época do assassinato de JonBenét. Ele estava tão obcecado pelo caso e até compareceu a uma vigília à luz de velas após o assassinato.

Oliva, que era um andarilho na época, tinha fotos da menina em sua barraca e também era frequentemente visto andando pela vizinhança. À polícia, ele admitiu que estava fascinado pelo caso. O comportamento chamou a atenção de John Ramsey, que passou a suspeitar do sujeito. 

Entretanto, não havia nenhum indício que o ligasse à cena do crime; visto que o DNA encontrado na casa não era compatível e ele foi descartado como o assassino. Gary passou os últimos oito anos preso, por acusações de pornografia infantil e exploração. Ele foi solto no começo deste ano.


John Brewer Eustace

Em 1997, os holofotes se viraram para o outro lado do país após John Brewer Eustace ser detido em Charlotte, na Carolina do Norte, após invadir uma casa, sequestrar e estuprar uma criança de 2 anos. Quando a polícia revistou seus pertences, encontraram um caderno de recortes sobre o caso Ramsey.

John Brewer Eustace - Netflix

 

Mas ele logo foi descartado após seu DNA não bater com o material genético encontrado na cena do crime. John Brewer Eustáquio atualmente está na prisão por acusações não relacionadas.


Michael Helgoth

Eletricista que atuava na região, Michael Helgoth chamou a atenção por usar um par de botas que combinavam com as pegadas encontradas na cena do crime. Ele também possuía uma arma de choque — o corpo de JonBenét mostrava marcas de um dispositivo semelhante, aponta o NY Post.

Michael Helgoth - Reprodução/Video

 

Helgoth também tinha uma motivação para o crime: ele estava envolvido em uma disputa de propriedade com os Ramseys na época. Em 1997, as autoridades apontaram que estavam chegando perto de um suspeito. Dois dias depois do anúncio, Michael cometeu suicídio, o que muitos acreditam que foi pela iminência das acusações. Mas seu DNA também não combinava com o coletado na cena do crime.

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