Achado revelou a opulenta riqueza de uma família nobre da Idade do Bronze. Confira as fotos!
Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 01/12/2021, às 17h25
No complexo mesquita de Hala Sultan Tekke, localizado em Chipre, um time de arqueólogos da Universidade de Gotemburgo finalizou recentemente uma escavação de duas câmaras subterrâneas que começou em 2018.
O local provou-se incrivelmente valioso, contendo 155 esqueletos humanos e por volta de 500 artefatos datados de 1350 a.C, época do Faraó Aquenáton e de sua esposa, a rainha Nefertiti. Entre os objetos, estavam pedras preciosas, joias de ouro, prata, bronze e marfim, além de vasos de cerâmica ricamente decorados.
O valor dos artefatos encontrados indicou aos especialistas que os indivíduos enterrados ali não eram pessoas comuns, segundo informações repercutidas pelo Heritage Daily.
“Se tratam de túmulos familiares para a elite governante da cidade. Por exemplo, encontramos o esqueleto de uma criança de cinco anos com um colar de ouro, brincos de ouro e uma tiara de ouro. Provavelmente era filho de uma família rica e poderosa", explicou o professor Peter Fischer, que liderou o projeto.
As peças revelaram não apenas o status econômico das pessoas sepultadas ali, mas também seus hábitos. Um deles estava conectado com um curioso touro de cerâmica.
“O corpo deste touro oco tem duas aberturas: uma nas costas para enchê-lo com um líquido, provavelmente vinho, e outra no nariz para beber. Aparentemente, eles tinham festas na câmara para homenagear seus mortos", acrescentou o pesquisador.
Chipre foi uma cidade com grande relevância econômica durante a Idade do Bronze, e, para os arqueólogos que fizeram a escavação, seus achados apenas confirmam o fato, uma vez que havia objetos de várias partes diferentes do mundo antigo.
Havia escaravelhos do Egito, âmbar do Mar Báltico, pedras lápis-lazúli do Afeganistão e cornalina, um mineral vermelho de origem indiana considerado precioso. "O que mais me fascina é a ampla rede de contatos que eles mantinham há 3.400 anos", observou Fischer.
O próximo objetivo dos pesquisadores é analisar o DNA dos restos mortais de 3 mil anos de idade. Esses exames revelarão quais exatamente são os laços sanguíneos entre os esqueletos e também caso existam imigrantes entre os membros da família.
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