Conhecida por tomar o poder de Evo Morales, ela tentou cometer suicídio durante prisão preventiva
Wallacy Ferrari Publicado em 11/06/2022, às 09h17
Jeanine Áñez, ex-presidente interina da Bolívia, foi condenada na última sexta-feira, 10, a 10 anos de prisão por ter realizado um golpe de estado contra o presidente Evo Morales em 2019, tomando o poder de maneira ilegal, como avaliou o Tribunal de Primeira Instância de La Paz no comentado julgamento, que perdurou por três meses.
A ex-chefe de estado deverá cumprir a pena em uma penitenciária comum com uma ala exclusivamente feminina em La Paz, com a condenação embasada em crimes de "resoluções contrárias à Constituição e violação de deveres", conforme proferiu o juiz Germán Ramos, que presidiu a audiência.
Além da atuação criminosa para chegar ao cargo máximo do poder executivo boliviano, Ramos destacou que Áñez deverá pagar uma multa por danos ao Estado, mas não especificou o quantia que deverá ser repassada aos cofres públicos. Ela esteve a frente do governo entre 2019 e 2020.
Presa preventivamente há 15 meses, ela chegou a se considerar presa política, argumentando que a pressão de apoiadores de Morales, que ocupava a cadeira presidencial há 14 anos. No período de reclusão, tentou cometer suicídio, como noticiou o portal de notícias G1.
Eu nunca busquei o poder. [...] Fiz o que tinha que fazer, assumi a presidência por compromisso. Faria de novo se tivesse a oportunidade", disse ela aos juízes.
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