Programação tem foco no centenário do educador Paulo Freire
Redação Publicado em 23/11/2021, às 10h15
Durante 15 dias, a plataforma de streaming Itaú Cultural Play é a escolhida para exibir os filmes selecionados pela curadoria da mostra, cuja programação tem foco no centenário do educador Paulo Freire, homenageado na Ocupação em cartaz no IC até o dia 30 de janeiro, e se desdobra em produções que refletem as práticas de troca e aprendizagem ensinadas por ele.
Entre elas, Central do Brasil, longa-metragem que representou o Brasil no Oscar e ganhou o Urso de Ouro em Berlim; Yaõkwá: imagem e memória, documentário indígena de Rita e Vincent Carelli, Mutum, de Sandra Kogut e os documentários Pro dia nascer feliz e Atravessa a vida, ambos de João Jardim
Entre 26 de novembro e 10 de dezembro, a plataforma de streaming do cinema e audiovisual brasileiro Itaú Cultural Play, disponível gratuitamente em www.itauculturalplay.com.br e nos dispositivos Android e IOS, é a única que exibirá a programação completa de filmes da 7ª Mostra Ciranda de Filmes.
São 19 produções que homenageiam o patrono da educação brasileira Paulo Freire, promovem novos diálogos sobre a educação e a juventude no país e ampliam a percepção sobre as diversas conexões com os possíveis e incontáveis legados deixados pelo educador – cujo centenário também é celebrado na Ocupação Paulo Freire, presencialmente no Itaú Cultural, mostra que teve o encerramento prorrogado até 30 de janeiro devido às grandes filas que se formam para vê-la. A vida e obra do educador também pode ser conhecida no hotsite da exposição.
Considerada uma das mais importantes produções do cinema brasileiro, o filme Central do Brasil, de Walter Salles, é exibido excepcionalmente por 24h na plataforma Itaú Cultural Play, entre os dias 4 e 5 de dezembro.
O longa-metragem conquistou o Urso de Ouro do Festival de Berlim, um dos mais importantes prêmios de cinema do mundo, e foi indicado ao Oscar em 1999, pelas categorias Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz para Fernanda Montenegro.
A história gira em torno de Dora, uma professora aposentada que trabalha como escritora de cartas para pessoas analfabetas na Estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro. Contra a sua vontade, ela acaba acolhendo Josué, um garoto cuja mãe morreu atropelada por um ônibus, e o ajuda a encontrar o seu pai nos confins do Nordeste. Os dois, muito diferentes um do outro, se aproximam à medida que viajam país adentro.
Três documentários abordam as nuances da educação brasileira da atualidade, retratando e refletindo sobre os desafios e as ações de sucesso deixadas por Freire. São eles Pro dia nascer feliz e Atravessa a vida, ambos de João Jardim, e o mais recente lançamento de Alexandre Carvalho: A quem interessa a ignorância?
Seguindo o tema da educação inclusiva, o filme Utopia Distopia, dirigido por Jorge Bodanzky, visita um projeto de educação universitária em Brasília, nos anos 1960, sonhado por Freire e seus companheiros e igualmente educadores visionários, Anísio Teixeira e Darcy Ribeiro. Em Fonemas da Liberdade, a cineasta Catherine Murphy se debruça sobre os primeiros trabalhos do educador na região Nordeste.
Destacam-se, também, Filho de boi, novo filme de Haroldo Borges; a poesia imagética em forma de animação em O menino que engoliu o sol, de Patricia Alves Dias, e os documentários Entremarés, de Anna Andrade, Chão, de Camila Freita, e Meu nome é Daniel, dirigido por Daniel Gonçalves.
A seleção disponível na plataforma tem ainda Yaõkwá: imagem e memória, documentário indígena de Rita Carelli e Vincent Carelli; Você não sabia de mim, do diretor Alan Minas, Mutum, de Sandra Kogut e Infância falada, da dupla Hermílio Santos e Kamila Almeida.
A programação é completada com os curtas Eu preciso destas palavras escritas, da diretora Milena Manfredini, e A sússia, de Lucrécia Dias, e dos documentários Augusto Boal e o Teatro do Oprimido, de Zelito Viana, e 5 vezes Chico - O velho e sua gente, dirigido pelo quinteto: Gustavo Spolidoro, Ana Rieper, Camilo Cavalcante, Eduardo Goldenstein e Eduardo Nunes
O encerramento da Ocupação Paulo Freire, mostra presencial no Itaú Cultural, foi prorrogada até 30 de janeiro. Dedicada ao patrono da educação brasileira, ela mergulha em sua trajetória desde o nascimento no Recife, em 1921, até a morte em São Paulo, em 1997.
A infância, o desenvolvimento intelectual, a experiência em Angicos – onde aplicou o método de alfabetização reconhecido em todo o mundo –, seu exílio forçado e o retorno ao Brasil traçam a linha contínua e coerente de sua existência apresentada na exposição.
A Ciranda nasceu em 2014, como a primeira Mostra de Cinema focada em educação e infância do Brasil. Correalizado pelo Alana, Circuito Cinearte e Aiuê Produtora de Conteúdo, o evento, que contou com o patrocínio Itaú Cultural em sua segunda edição, em 2015, exibe gratuitamente produções cinematográficas, promove rodas de conversa, vivências lúdicas e oficinas cinematográficas. Toda sua programação tem três temas como fio condutor: famílias, relação criança e natureza e protagonismo infantil.
Lançada em 19 de junho, dia da celebração do cinema brasileiro, a Itaú Cultural Play começou com um catálogo formado por 135 títulos dos 26 estados brasileiros e o Distrito Federal. Constantemente ampliado desde então, já ultrapassou a marca de 200 filmes disponíveis, entre ficção, documentários, séries documentais e de ficção, animações para crianças e para adultos, produções experimentais, entrevistas, palestras, curtas e longas-metragens.
Com acesso gratuito, a plataforma de streaming de cinema brasileiro é acessível para dispositivos móveis IOS e Android, e pode ser acessada pelo site itauculturalplay.com.br.
Itaú Cultural Play – Mostra Ciranda de Filmes
De 26 de novembro a 10 de dezembro de 2021
Em www.itauculturalplay.com.br
Yaõkwá: imagem e memória (2000, documentário, Mato Grosso, 21 min)
Direção: Rita Carelli e Vincent Carelli
Classificação indicativa: livre (nudez não erótica)
Você não sabia de mim (2021, documentário, Rio de Janeiro, 78 min)
Direção: Alan Minas
Classificação indicativa: 12 anos (temas sensíveis)
Utopia distopia (2020, documentário, Distrito Federal, 72 min)
Direção: Jorge Bodanzky
Classificação indicativa: livre
Pro dia nascer feliz (2005, documentário, Rio de Janeiro, 89 min)
Direção: João Jardim
Classificação indicativa: livre
O menino que engoliu o sol (2020, animação, Rio de Janeiro, 22 min)
Direção: Patrícia Alves Dias
Classificação indicativa: livre
Mutum (2007, drama, Rio de Janeiro, 95 min)
Direção: Sandra Kogut
Classificação indicativa: livre
Meu nome é Daniel (2018, documentário, Rio de Janeiro, 83 min)
Direção: Daniel Gonçalves
Classificação indicativa: livre
Infância falada (2016, documentário, Rio Grande do Sul, 54 min)
Direção: Hermílio Santos e Kamila Almeida
Classificação indicativa: 12 anos (violência)
Fonemas da liberdade (2021, documentário, Rio Grande do Norte, 28 min)
Direção: Catherine Murphy
Classificação indicativa: 12 anos (violência)
Eu preciso destas palavras escrita (2017, experimental, Rio de Janeiro, 19 min)
Direção: Milena Manfredini
Classificação indicativa: 10 anos (medo e tensão)
Entremarés (2018, documentário, Pernambuco, 20 min)
Direção: Anna Andrade
Classificação indicativa: 12 anos (drogas lícitas)
Augusto Boal e o Teatro do Oprimido (2010, documentário, Rio de Janeiro, 62 min)
Direção: Zelito Viana
Classificação indicativa: 12 anos (drogas lícitas, linguagem depreciativa e descrição de violência)
Atravessa a vida (2020, documentário, Rio de Janeiro, 83 min)
Direção: João Jardim
Classificação indicativa: 12 anos (linguagem imprópria, temas sensíveis, violência)
A sússia (2018, documentário, Tocantins, 17 min)
Direção: Lucrécia Dias
Classificação indicativa: livre
A quem interessa a ignorância? (2021, documentário, Tocantins, 17 min)
Direção: Alexandre Carvalho
Classificação indicativa: 12 anos (violência)
5 vezes Chico - O velho e sua gente (2015, documentário, Rio de Janeiro, 90 min)
Direção: Gustavo Spolidoro, Ana Rieper, Camilo Cavalcante, Eduardo Goldenstein e Eduardo Nunes
Classificação indicativa: 10 anos (violência e drogas lícitas)
Filho de boi (2019, drama, Bahia, 91 min)
Direção: Haroldo Borges e Ernesto Molinero
Classificação indicativa: 12 anos (presença de sangue e linguagem chula)
*Disponível por 24h - das 19h de 27 de novembro até as 19h de 28 de novembro
Chão (2021, documentário, Rio de Janeiro, 112 min)
Direção: Camila Freitas
Classificação indicativa: 10 anos (drogas lícitas)
*Disponível por cinco dias – das 19h de 3 de dezembro até as 19h de 8 de dezembro
Central do Brasil (1998, drama, Rio de Janeiro, 107 min)
Direção: Walter Salles
Classificação indicativa: 12 anos (violência e drogas lícitas)
*Disponível por 24h - das 19h de 4 de dezembro até as 19h de 5 de novembro
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