O premier de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta segunda-feira, 27, que adiou a reforma judicial
Redação Publicado em 27/03/2023, às 16h34
Trabalhadores dos mais diversos campos paralisaram suas atividades em protesto contra a polêmica reforma judicial em Israel, nesta segunda-feira, 27. O plano está em tramitação no Parlamento de Israel e, segundo analistas, ameaça a independência do Judiciário no país.
Esse movimento ocorre horas depois que multidões protestaram em todo o território contra a decisão do primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, de demitir Yoav Gallant, seu chefe da Defesa, na véspera.
No fim de semana passado, Gallant fez um pronunciamento pedindo que fosse interrompida a tramitação do projeto capitaneado pela coalizão de direita a reger Israel, com a justificativa de que havia risco à segurança nacional. Isso para haver diálogo com setores contrários ao conteúdo.
Como repercutido pela Folha de São Paulo, estão na lista o maior sindicato do país, que reúne cerca de 800 mil trabalhadores nas áreas de saúde, transporte e bancos, entre outros, e funcionários do aeroporto de Tel Aviv, que interromperam o fluxo de saída dos aviões, o que afetou milhares de pessoas.
Além deles, governos locais e algumas das maiores associações de medicina também estão aderindo espontaneamente à greve geral. Numa tentativa de pressionar o governo, o Knesset, Parlamento israelense, foi cercado por manifestantes nesta segunda-feira, 27.
Dois pilares baseiam o pacote de leis apresentado pelo governo, são eles: modificar a forma como a nomeação de juízes e assessores jurídicos se dá no país e frear a interferência da Suprema Corte sobre as legislações aprovadas no Parlamento.
De acordo com especialistas, as mudanças poderiam comprometer seriamente o equilíbrio dos Três Poderes e até mesmo, em última instância, pôr em risco o Estado de Direito no país. A coalizão governista, no entanto, argumenta que ela é necessária para tirar a Justiça das mãos de "magistrados elitistas e tendenciosos".
Contudo, ainda segundo a fonte, o premier anunciou, nesta segunda-feira, que decidiu desistir de aprovar a reforma, durante um pronunciamento à nação. Ele desistiu de aprovar a reforma ainda nesta sessão legislativa, criando uma "oportunidade real de diálogo" com o intuito de "evitar uma guerra civil".
Segundo Netanyahu, ele tomou a decisão pelo desejo de "prevenir um racha na nação"e afirmou que não insistirá em aprovar seus planos antes do recesso da Páscoa.
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