A partir do crânio, foi possível revelar o verdadeiro rosto de John de Wheathampstead, importante líder religioso do século 15
Isabela Barreiros Publicado em 09/09/2020, às 18h17
Especialistas do grupo FaceLab, localizado na Universidade Liverpool John Moores, foram capazes de reconstruir digitalmente o rosto do importante líder religioso que comandou a Catedral de St. Albans, no sul da Inglaterra, o monge John de Wheathampstead. 555 anos após sua morte, pesquisadores revelaram sua verdadeira face.
O procedimento foi baseado principalmente a partir do esqueleto de John, que foi encontrado em 2017 na catedral que ficou durante muito tempo sob sua direção. O crânio bem preservado do homem fez com que a tarefa ficasse um pouco mais fácil, no entanto, eles ainda tiveram que contar com mais pesquisas para obter um bom resultado.
Segundo a líder do projeto, Caroline Wilkinson, “informações texturais” como tom de pele, cor dos olhos e do cabelo, rugas e vestimenta não são definidos pelos ossos encontrados. Isso pode ser descoberto apenas a partir de estudos anteriores e, nesse caso, eles contaram com o material de Emma Pomeroy, arqueóloga da Universidade de Cambridge.
“Quanto mais informações tivermos, melhor será a reconstrução. Estamos buscando a aparência mais provável, e isso significa trabalhar com todas as informações que temos para que seja uma estimativa o mais precisa possível. Não é uma ciência exata”, disse a pesquisadora em entrevista ao The Guardian.
Em um comunicado, o Decano de St. Albans, Jeffrey John disse que “a reconstrução do rosto do Abade John de Wheathampstead o traz de forma surpreendente à vida e imediatamente nos convida a ler seu personagem em seus traços”. “Ele tem uma aparência travessa, mas também se parece com um homem com quem não se deve brincar — como convém a um dos mais poderosos consertadores eclesiásticos de sua época”, afirmou.
John de Wheathampstead morreu em 20 de janeiro de 1465, há 555 anos atrás. Ele foi responsável por melhorar a situação dos edifícios de St Albans, colaborou para causas humanistas, foi amigo do Papa da época, Martin V, atuou junto com o irmão mais novo de Henrique V, Humphrey, duque de Glouceste, e escreveu livros de prosa e poesia.
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