Norte-americano recebeu US$ 4,1 milhões (cerca de R$ 25 milhões) de indenização após ter passado 24 anos preso por crime que não cometeu
Giovanna Gomes Publicado em 09/12/2024, às 10h26
Um homem norte-americano recebeu uma indenização no valor de US$ 4,1 milhões (cerca de R$ 25 milhões) após cumprir 24 anos na prisão por um assassinato que não cometeu, — mas agora está de volta à cadeia.
Shaurn Thomas, de 50 anos, declarou-se culpado pelo assassinato de Akeem Edwards, de 38 anos, ocorrido em 3 de janeiro de 2023, devido a uma dívida de drogas de US$ 1.200 (R$ 7.300), conforme relatado pelo Philadelphia Inquirer.
Segundo informações do portal Extra, Thomas já havia sido condenado por homicídio em segundo grau pela morte de um empresário em 1990, recebendo sentença de prisão perpétua. Ele, no entanto, sempre alegou inocência, afirmando que estava em um centro de detenção juvenil na época do crime.
O Innocence Project revisou seu caso e descobriu que os investigadores haviam ocultado evidências e concentraram-se em Thomas com base em declarações inconsistentes de supostos co-conspiradores. Um deles chegou a retirar seu depoimento, alegando coerção policial. Com essas revelações, a Promotoria da Filadélfia anulou sua condenação, levando à libertação de Thomas em 2017.
Em liberdade, o ex-detento processou a cidade e, em 2020, recebeu a indenização milionária. Ele se conectou na época com outros ex-presidiários cujas condenações foram revertidas — e também com Ketra Veasy, irmã de Willie Veasy, outro inocentado. Thomas e Ketra namoraram por anos até que, no outono de 2022, ele pediu para ser apresentado a Akeem Edwards para negociar drogas.
Segundo os promotores, Thomas entregou a Edwards um saco de cocaína e pediu US$ 1.200 do lucro. Quando não recebeu o valor combinado, decidiu procurá-lo. Na noite de 3 de janeiro de 2023, Thomas e Veasy encontraram Edwards em um bairro da Filadélfia. Thomas desceu do carro, e pouco depois Veasy ouviu tiros. Ele voltou ao carro e, ainda com a arma em punho, ordenou que ela dirigisse.
Mais tarde, Veasy contou que Thomas se gabou de já ter cometido três homicídios e a ameaçou caso revelasse algo à polícia. Porém, algumas semanas depois, um informante federal contou às autoridades que Thomas havia confessado o crime. Isso levou a uma busca na casa de Thomas, onde a polícia encontrou armas e roupas semelhantes às descritas por testemunhas.
Thomas foi inicialmente preso por porte ilegal de armas, mas liberado sob fiança. Entretanto, novas provas de localização de celular colocaram o casal na cena do crime, levando à prisão de ambos em março de 2023.
Enquanto estava preso, Thomas teria enviado cartas intimidatórias a Veasy, que decidiu cooperar com a polícia em troca de uma redução de pena. Ela se declarou culpada de agressão agravada e conspiração e aguarda sentença.
Thomas admitiu os crimes em tribunal, incluindo homicídio em terceiro grau, conspiração e porte ilegal de arma. Ele será sentenciado em fevereiro.
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