As descobertas publicadas recentemente revelam uma possível condição favorável a habitação, podendo indicar vida fora da terra; entenda!
Isabelly de Lima Publicado em 02/05/2024, às 16h22 - Atualizado às 16h23
Uma recente pesquisa revelou uma conexão intrigante entre o movimento deslizante ao longo das distintas "listras de tigre" em uma das luas de Saturno, Encélado, e os jatos de cristais de gelo que emergem de sua superfície gelada.
Essas descobertas, recentemente publicadas na revista Nature Geoscience na última segunda, 29, podem fornecer informações cruciais sobre a natureza dessa lua gelada, bem como sobre a possibilidade de condições favoráveis à vida.
As "listras de tigre" de Encélado, constituídas por quatro fraturas paralelas no polo sul da lua, foram inicialmente avistadas pela espaçonave Cassini da NASA em 2005. O fenômeno do "criovulcanismo" nessa região libera cristais de gelo, supostamente provenientes do oceano subterrâneo de Encélado, por meio dessas fraturas, formando uma pluma abrangente de material que se acumula sobre o polo sul da lua de Saturno.
Tanto o brilho dessa pluma quanto os jatos que a originam parecem seguir um padrão alinhado com a órbita de aproximadamente 33 horas de Encélado ao redor de Saturno, o segundo maior planeta do Sistema Solar. Esse alinhamento levou os cientistas a especularem que a atividade dos jatos aumenta em resposta ao estresse das marés nas listras de tigre.
Porém, a teoria anterior não conseguia explicar completamente os padrões de brilho da pluma e a atividade dos jatos. Uma nova simulação numérica das tensões de maré em Encélado e do movimento das fraturas com listras de tigre identificou um fenômeno semelhante ao observado na falha de San Andreas, correspondendo ao padrão de atividade dos jatos.
"Desenvolvemos um modelo numérico sofisticado para simular o movimento de deslizamento acionado pelas marés ao longo das falhas de Encélado. Esses modelos consideram o papel do atrito, o que faz com que a quantidade de deslizamento nas falhas seja sensível às tensões de compressão e cisalhamento", explicou Alexander Berne, líder da equipe por trás da simulação e candidato a doutorado no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), em entrevista ao Space.com.
O modelo numérico foi capaz de simular o deslizamento ao longo das falhas de Encélado de uma maneira que correspondia às variações observadas no brilho da pluma, bem como às variações espaciais na temperatura da superfície, sugerindo que os jatos e as variações do brilho da pluma são controlados pelo movimento de deslizamento sobre a órbita de Encélado".
Além disso, as descobertas da equipe sugerem que as fraturas das listras de tigre de Encélado se abrem de forma diferente do que se pensava anteriormente, o que pode ter implicações significativas para a compreensão das condições geológicas e a habitabilidade potencial da lua, segundo o Live Science.
Berne acrescentou que os modelos da equipe indicam que as marés desempenham um papel crucial na evolução de Encélado e de seu oceano em várias escalas de tempo, sugerindo uma possível longevidade do oceano lunar, o que poderia ter implicações para a evolução da vida em seu interior.
Embora as conclusões se baseiem em simulações computacionais, Berne ressaltou a importância de confirmá-las com observações reais, destacando a necessidade de futuras medições geofísicas em Encélado usando radar para validar as hipóteses apresentadas no estudo.
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