Brasília foi palco de explosões na última quarta-feira, 13 - Divulgação/Agência Brasil
Brasília

Explosões em Brasília: Polícia narra passo a passo de homem-bomba

Polícia Civil do Distrito Federal seguiu os rastros do responsável por duas explosões ocorridas ontem, 13, nas imediações da Praça dos Três Poderes

Giovanna Gomes Publicado em 14/11/2024, às 08h31

Duas explosões abalaram as imediações da Praça dos Três Poderes, em Brasília, no início da noite desta quarta-feira. A Polícia Civil do Distrito Federal seguiu os rastros do único suspeito identificado até agora: Francisco Wanderley Luiz, candidato a vereador pelo PL em Santa Catarina. Ele foi encontrado morto após detonar um artefato em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), num aparente ato suicida.

Antes disso, o carro de Francisco também explodiu no estacionamento do anexo IV da Câmara dos Deputados, cerca de 500 metros de onde ele acionou o último dispositivo. Por volta das 00h30, o esquadrão antibomba detonou dois artefatos próximos ao corpo, localizado em frente à estátua "Justiça", que fica a poucos metros da sede do STF.

Segundo o depoimento de um segurança do STF, registrado em boletim de ocorrência, Francisco Luiz chegou ao local carregando uma mochila e agiu de forma suspeita. Ele colocou a mochila no chão e retirou dela um extintor e uma blusa. Ao ser abordado, Francisco teria aberto a camisa, revelando um objeto semelhante a um relógio digital, que o segurança presumiu ser uma bomba.

A testemunha relatou que o suspeito se afastou, lançou dois ou três artefatos que explodiram, e então se deitou no chão. Em seguida, acendeu um último dispositivo, colocou-o sob a cabeça usando um travesseiro, e esperou a detonação fatal. As informações são do portal O Globo.

Casa alugada

Investigando mais a fundo, a Polícia Civil descobriu que Francisco havia alugado uma casa em Ceilândia duas semanas antes. No local, foram encontrados documentos, incluindo sua carteira de habilitação. As buscas também se estenderam a um trailer ou “carretinha” que ele costumava rebocar.

Nesta quarta-feira, a Polícia Federal e a Polícia Civil do DF seguem com as investigações, buscando esclarecer as motivações e as circunstâncias dos ataques. Ambas as corporações abriram inquéritos.

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