Após décadas de espera, o estado americano de Idaho irá aplicar a pena capital em Thomas Eugene Creech, de 73 anos, nesta quinta-feira, 29
Redação Publicado em 27/02/2024, às 14h54
Na próxima quinta-feira, 29, o serial killer Thomas Eugene Creech, de 73 anos, será executado com uma injeção letal no estado americano de Idaho. Após 43 anos de espera pela aplicação da pena capital, ele está entre os detentos que permaneceu mais tempo no corredor da morte dos Estados Unidos.
Creech foi preso em 1974, após assassinar dois pintores que haviam lhe dado carona: Thomas Arnold e John Bradford. Ele chegou a ser condenado à morte pelo crime, mas sua sentença foi convertida em prisão perpétua dois anos depois do ocorrido, pois a Suprema Corte americana proibiu a aplicação de uma pena capital automática.
Porém, ele voltou ao corredor da morte em 1981, ao matar um de seus colegas de prisão. David Jensen, que cumpria pena por roubo de carro, foi golpeado até a morte por Creech, que estava munido com uma meia cheia de baterias.
Conforme repercutido pelo portal O Globo, com informações do USA Today, além da morte de Jensen, Creech foi condenado por outros cinco assassinatos e segue como o principal suspeito de outros seis casos.
O serial killer, que afirma ter tirado a vida de 50 pessoas, será executado no próximo dia 28 de fevereiro, o que o torna a primeira pessoa a receber a pena capital no estado de Idaho em 12 anos.
Os advogados de Creech tentaram suspender a imposição da pena mediante recursos em diversos tribunais. Um dos argumentos foi que o serial killer foi condenado por um juiz, e não por um colegiado. Porém, no último domingo, 25, o Tribunal de Apelações para o 9º Circuito rejeitou esse pedido e confirmou a sentença.
Em sua última tentativa de obter clemência, Creech disse ter se reabilitado, enquanto seus advogados destacaram sua conduta disciplinar perfeita nos últimos 28 anos. Uma ex-enfermeira da prisão, um ex-promotor, guardas prisionais e até mesmo o juiz que o condenou à morte expressaram seu apoio ao pedido de clemência. O juiz argumentou que Creech deveria passar o resto da vida na prisão, pois executá-lo seria “apenas um ato de vingança”.
A solicitação de piedade foi recusada pela Comissão de Perdões e Liberdade Condicional de Idaho, cujo governador, Brad Little, afirmou que tem “intenção zero” de intervir para impedir a execução.
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