Gravura de Francisco de Goya - Divulgação/Masp
Arte

Em novo curso, Masp exibirá obras de Goya pouco vistas pelo público

Obras de arte que foram expostas pela última vez em 2012 na mostra Papéis Estrangeiros agora integram curso inédito do Masp

Giovanna Gomes Publicado em 08/11/2024, às 15h43

O Museu de Arte de São Paulo (Masp) abrirá uma oportunidade única para estudantes conhecerem gravuras do renomado artista Francisco de Goya (1746-1828), parte da reserva técnica da instituição.

Essas obras, expostas pela última vez em 2012 na mostra Papéis Estrangeiros, agora integram o curso inédito Introdução à História da Gravura pelo Acervo do Masp, que será realizado ao longo de quatro quintas-feiras, a partir do dia 7.

As gravuras de Goya, datadas entre 1815 e 1816, foram doadas em 1955 pelo fundador do museu, Assis Chateaubriand (1892-1968). Cada peça, produzida em papel, mede cerca de 30 por 40 centímetros. No entanto, o curso não se limitará às obras de Goya, conforme explica o professor e artista plástico Claudio Mubarac.

De acordo com o portal O Globo, também serão analisados, através de imagens digitais, trabalhos de Albrecht Dürer (1471-1528) e Rembrandt van Rijn (1606-1669), outros grandes nomes da gravura.

"Nas aulas levarei sempre comigo uma caixinha de ferramentas para apresentar os instrumentos que fazem parte desse modo de construir a imagem", explicou Mubarac. "As gravuras são parte das grandes coleções dos museus globalmente. Além de sua importância em relação às artes, esse tipo de trabalho também contribuiu, historicamente, para a circulação de informações e modelos."

O curso abordará gravuras produzidas entre o século XV, período em que a técnica surgiu, e meados do século XIX. O professor destaca a obra de Rembrandt como central para a consagração da gravura como forma de arte. Apesar de ser mais conhecido por suas pinturas, o artista holandês também deixou um extenso legado em gravuras, com temas que incluem paisagens e naturezas-mortas, pouco explorados em sua produção com tinta e pincel.

"Para Rembrandt, a gravura e a pintura tinham a mesma importância. Assim como o desenho, ele não separava o desenho apenas para esboço" acrescenta Mubarac.

Método

Segundo Iliriana Rodrigues, coordenadora pedagógica da Masp Escola, o curso representa o retorno de um modelo tradicional de ensino que combina a análise de obras físicas com discussões teóricas.

Contudo, o museu continuará a oferecer atividades online, como o curso que explora o erotismo na arte, com destaque para José Leonilson (1957-1993). Este artista, cuja obra está em exibição até o dia 17, é uma figura central da arte contemporânea brasileira dos anos 1970.

Queremos que as pessoas conheçam as obras que temos de uma maneira que as instigue" afirma Rodrigues.

O valor do curso é de R$ 2 mil para as quatro aulas, com inscrições disponíveis no site do museu. Um desconto de 50% pode ser aplicado com o código promocional MASPESCOLA50.

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