Francisco de Assis, o 'Maníaco do Parque' - Reprodução/Vídeo/YouTube/Brasil Urgente
Maníaco do Parque

'Ele voltará a matar': Diz promotor do caso 'Maníaco do Parque'

Edilson Bonfim, ex-promotor que condenou o serial killer, teme que Francisco de Assis Pereira volte a matar ao ser libertado em 2028

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 24/10/2024, às 19h30

Desde que o filme 'Maníaco do Parque' estreou no Prime Video, a figura de Francisco de Assis Pereira voltou a assombrar a sociedade.

Condenado a quase 285 anos de prisão por uma série de assassinatos e estupros ocorridos no Parque do Estado, em São Paulo, o assassino, aos 56 anos, aguarda a possibilidade de ser libertado em 2028, após cumprir o tempo máximo de encarceramento permitido pela lei na época de seu julgamento.

Para Edilson Mougenot Bonfim, ex-promotor que acusou Francisco no Tribunal do Júri, essa perspectiva é um alerta grave. "Ele voltará a matar", afirmou Edilson em entrevista ao 'O Globo'.

O procurador de Justiça reforçou sua preocupação. "A liberdade dele representa um enorme risco. Tanto faz se ele sairá com ou sem progressão de regime. Ele será um perigo para a sociedade em qualquer circunstância", destacou.

Bonfim baseia sua convicção em avaliações sobre a psicopatia de Francisco. "Estamos falando de um serial killer com transtorno de personalidade antissocial, o nome moderno para a antiga psicopatia. Não há remédio, tratamento ou cirurgia. Ele é imutável", afirma.

Problema grave

No Brasil, a ausência da prisão perpétua impede que criminosos permaneçam encarcerados por toda a vida. Para o promotor, essa lacuna legal é um problema grave.

"Entre as dez nações mais ricas do mundo, o Brasil é o único país que não tem prisão perpétua. É uma lacuna em nosso sistema penal. (...) Diria que o Brasil está preparado [para implementar] porque há criminosos que merecem permanecer presos pelo resto da vida. O Francisco é um desses casos", argumentou.

Edilson descarta qualquer possibilidade de ressocialização para o Maníaco do Parque. "Ele tem uma predisposição para matar mulheres. Na penitenciária, está confinado com homens, o que impede que cometa feminicídio nesse ambiente. No entanto, assim que sair, ele inevitavelmente terá contato com mulheres, o que pode reativar sua personalidade homicida. Repito: ele não está curado nem redimido", alertou.

Bonfim relembra que, apesar de Francisco ter confessado diversos crimes, ele foi condenado por apenas sete homicídios. "O perfil criminógeno dele nos faz crer que outros crimes possam ter sido praticados, sem que saibamos quais. No entanto, a Justiça não trabalha com possibilidades, mas sim com probabilidades e, posteriormente, com juízo de certeza", explicou.

O lançamento do filme 'Maníaco do Parque' reavivou a discussão sobre a soltura do serial killer. Para o ex-promotor, o principal acerto da obra foi trazer novamente à tona essa questão.

"O ponto mais relevante da obra, contudo, é trazer à tona a discussão sobre a possível soltura dele em 2028. Apesar de isso não ter sido abordado no filme, é um tema importante que está na agenda. Será que a nossa legislação está errada?", questionou.

Leia também: Veja as confissões do Maníaco do Parque após a captura

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